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Eu sei que há quem ache que é o Messi. Mas, para mim, o melhor do mundo é português. Hoje, vai ser confirmado, por unanimidade.
- Ai, Portugal, Portugal do que é que estás à espera?
- Então, estou à espera da hora do jogo. O que é que queres que eu faça?
Parece que, para muita gente, discutir a ameaça do populismo e do nacionalismo é uma coisa muito esotérica: "ah, os valores e tal"; "pois, os princípios e coiso"; "sim, os pobres e as minorias". Vamos a coisas concretas: esta semana, os governos da Polónia e da Hungria (e, agora, da Eslovénia) decidiram vetar 750 mil milhões de euros, para a Europa fazer frente ao impacto económico da Covid-19. Uma retaliação pelo facto da Europa sublinhar valores como a democracia e a liberdade. Mais concreto, ainda: com isso, os governos da Polónia e da Hungria bloquearam 15,3 mil milhões de euros a Portugal. A mim, parece-me que é muito dinheiro. Talvez, por ser um idealista. Seguramente, por ser um teso.
Olá! Alguém me sabe dizer há quanto tempo é que ganhámos o Euro 2016? (Peço desculpa, é que eu sou de letras...)
[Foto: Gerardo Santos / Global Imagens]
Dizem que Churchill foi um dos pioneiros da ideia de uma Europa unida. Era bom para a paz, para a economia, para a solidariedade. O projeto teria o apoio do Reino Unido, que, percebeu-se depois, não se incluía na Europa. Inclui-se, apenas, por exclusão de partes. Porque não é América, nem África, nem Ásia, nem Oceania. O Reino Unido sempre esteve com um pé dentro e outro fora da Europa. Por vezes, parece que faz bem. Quando, por exemplo, resiste à burocracia europeia que quer definir o tamanho das maçãs. Mas, outras vezes, é irritante. Quando faz valer o seu peso para negociar excepções, que não são permitidas a mais nenhum Estado.
Agora, a propósito da crise económica, da pressão migratória e do crescimento da direita radical, Cameron resolveu referendar a permanência do Reino Unido na europa. Vai-se votar “In ou “Out”. A coisa anda ao sabor da agenda mediática. Aparecem mais uns refugiados, cresce o “Out”. Fazem-as as contas ao impacto económico, sobe o “In”. Farage discursa de forma apaixonada e povo quer estar “Out”. Um louco mata uma deputada trabalhista, estamos “In”.
Independentemente do resultado ser “In” ou “Out”, já há um resultado que é certo. O Reino Unido está em tendência “down”, ou seja para baixo. E, com eles, descemos todos.