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A terra tremeu, ao início da tarde, entre a Grécia e a Turquia. Já há notícias de mortos, dezenas de feridos, e muita gente soterrada. Vários edifícios, públicos e privados, caíram. Uma nuvem de pó une os dois países, que há décadas vivem de costas voltadas. De resto, este desastre natural acontece numa altura em que há uma nova escalada na tensão, entre os dois países. Mas, a natureza não quer saber das divisões entre os homens. Trata tudo e todos por igual.
O presidente da Turquia anda, por aí, a chamar nazis e fascistas aos governos europeus. Ele que, como toda a gente sabe, está a lutar para reforçar a democracia no seu país. Mas, para isso, precisa de mais poderes e está em campanha para os conquistar. E, como é um europeu convicto, a campanha não tem fronteiras. Quer fazer campanha em países estrangeiros, com ministros do seu governo, para que toda a gente possa manifestar-se, enchendo as praças das cidades dos ditadores, e votando em massa no seu grande projeto. Toda a gente. Mesmo os que emigraram para os países totalitários da União Europeia. Mas, infelizmente, os fascistas e os nazis não deixam Erdogan cumprir a sua emissão humanitária. Primeiro foi a Alemanha, agora a Holanda.
Talvez seja por isso, que Erdogan tenha tanta simpatia pelo Império Otomano. Se ele existisse, seria mais fácil divulgar a sua mensagem de paz, democracia e modernidade. Foi sempre assim: os impérios estão ao lado dos pobres e oprimidos. Só os fascistas é que não veem. E o pior facho é o que não quer ver!