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https://www.rtp.pt/noticias/autarquicas-2025/postal-da-terra-aveiro-desencontro-de-irmaos_a1686965
Foi eleito deputado: "para que possamos ter Portugal para os portugueses e não mais para a imigração". Disse, no seu sotaque do Brasil - país para esteve emigrado, durante 70 anos. Oi?!
- Então, sempre vai haver eleições antecipadas...
- Sim, na Madeira. Aquilo não ata, nem desata. São as terceiras eleições, em menos de...
- Não, eu estou a falar...
- ... das autárquicas? Bem, em Lisboa, o PSD vai repetir o candidato e o PS avança...
- Mas, quais autárquicas?! Refiro-me…
- Às presidenciais, claro. O PS continua sem candidato e o almirante...
- Eu estou a falar das legislativas.
- O que é que tem?
- Então?! Vamos ter eleições legislativas.
- Ai, sim? Desculpa, eu de eleições percebo pouco.
Donald Trump ganhou as eleições, há mais de 24 horas e os imigrantes não estão a comer: nem cães, nem gatos. Muitos vão alegar que já não estavam ou que nunca estiveram. Não vale a pena perder tempo com pormenores. O facto é que, desde que Trump foi eleito, não comem. E o que importa são os factos.
Revi a cena, há pouco tempo, de lágrimas nos olhos, no documentário sobre Ennio Morricone. "Noodles, I slipped"/ "Noodles, eu escorreguei", diz o pequeno Dominic, depois de ter levado um tiro, nos braços de Noodles (por vezes, traduzido como "Vivaço"). É uma cena trágica, que precede a outra, de enorme violência. De resto, todo o filme é trespassado pela violência. Digo, muitas vezes, que é o meu filme preferido de sempre: "Era uma vez na América". A América vai a votos. Espero que não escorregue.
- Eu percebi bem?
- O quê?
- Há um partido chamado "Se acabó la Siesta"?
- Não. Chama-se "Se acabó la Fiesta".
- Ah..
- É um partido de extrema-direita.
- Isso eu tinha percebido. Só que tinha ouvido "la Siesta".
- Não, "la Fiesta".
- Assim, faz sentido.
- Porquê?
- Porque a extrema-direita gosta mais de nós a dormir.
O coelho, o lobo mau e os pássaros do sul. A campanha está na rua. E está na rádio. "É o bicho!", dizem, "É o bicho!" Para devorar, aqui.
- Olha, um peru!
- Como é que lhe chamaste?
- Peru. Em português, este animal tem o nome do teu país.
- Não acredito!
- Acredita, que é verdade.
O Peru volta a estar em crise. Estou chateado que nem um peru.
A Consuelo não vai perceber a expressão, mas, talvez, acredite.
