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Os doces vinham de Santa Iria de Azóia. Os refrescos também. Os sabonetes vinham de Santa Iria de Azóia. E os desodorizantes e os champôs. O detergente da roupa vinha de Santa Iria de Azóia. Bem como, o pó para a cozinha; o creme para a casa de banho; o líquido para os vidros. Na minha cabeça, a procurar palavras e a decifrar enigmas nas embalagens dos produtos domésticos, Santa Iria da Azóia era um oásis de coisas boas, para comer e cheirar. Um farol de modernidade. O que havia de mais parecido com Nova Iorque, em Portugal. Eu queria ir a Santa Iria de Azóia. Até que fui. E não, não é parecido.