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A coisa foi feia, com mortes que só podiam ser crimes e que estavam a minar a igreja, por dentro. Era preciso resolver o assunto. E foi, por isso, que chamaram William de Baskerville, que resolveu o mistério. A tragédia radicava, afinal, na comédia. O riso, defendeu o velho Jorge de Burgos - guardião da biblioteca e da moral - cria dúvidas e afasta o medo. E sem medo, não há temor a Deus. E sem temor a Deus, não há crença, nem religião.
Umberto Eco escreveu "O nome da Rosa", há 40 anos. Esta manhã, o Papa Francisco chamou humoristas de todo o mundo. Para lhes dizer que "quando vocês fazem alguém sorrir, Deus também sorri". Sem medo.
Deus (também) é omnipresente. Felizmente, sem problemas com o registo de presenças.
Deus não dorme. O homem sim. E ao domingo - dia que o homem dedica a Deus - o homem dorme um pouco mais. E, depois, chega tarde à casa do Senhor. E, como não quer fazer esperar quem não dorme, o homem deixa o carro onde calha: em cima do passeio, da passadeira, na rotunda, na paragem do autocarro, no lugar para pessoas com deficiência.
Primeiro, Deus criou o homem. Depois, Deus criou a mulher. De seguida, o homem bateu na mulher, com uma moca de pregos. Na falta de Deus, um outro homem citou o livro de Deus. É juiz. Os outros juízes receiam que tenha prejudicado a sua carreira. Espero que não. Antevia-se uma bela carreira, no Tribunal do Santo Ofício.