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Morreu o agente da PSP que foi agredido, à porta de uma discoteca, em Lisboa. Para contextualizar: este fim de semana, houve confrontos violentos à porta de uma discoteca. Quatro polícias tentaram a acalmar a situação, mas, apesar de se terem identificados como polícias, acabaram, também, por ser agredidos e levados para o hospital. De seguida, soubemos que há dois fuzileiros suspeitos de fazerem parte do grupo de agressores. Poderemos ter um caso, grave, de militares (altamente especializados) a agredir polícias. O que levanta inúmeras questões. Entretanto, um dos polícias acabou por morrer. Se fosse um polícia a agredir um cidadão comum, ou se fosse um cidadão comum a agredir um polícia, era relativamente fácil antever a reação de certos partidos políticos ou organizações. Assim, é mais difícil. O que me leva à convicção de que é mais fácil defender barricadas e trincheiras do que pessoas, seres humanos, cidadãos. E, sim, também estou a pensar na Ucrânia.
Deus não dorme. O homem sim. E ao domingo - dia que o homem dedica a Deus - o homem dorme um pouco mais. E, depois, chega tarde à casa do Senhor. E, como não quer fazer esperar quem não dorme, o homem deixa o carro onde calha: em cima do passeio, da passadeira, na rotunda, na paragem do autocarro, no lugar para pessoas com deficiência.
Eleições em Espanha: o PP ganhou, porque ganhou; o PSOE ganhou, não sei porquê; o Podemos e o Cidadãos também ganharam, porque passaram a existir e acabaram com o bipartidarismo. Os Espanhóis estão a ficar parecidos com os portugueses. Todos ganham.
Apesar de ter ganho, PP perdeu demasiados votos e mandatos. Sozinho não se aguenta e, mesmo que conseguisse o apoio dos Cidadãos também não seria suficiente. Portanto, PP sozinho não chega; PP + Cidadãos também não; PSOE + Podemos idem; PSOE + Podemos + Cidadãos é esquisito; PP + PSOE também. Venceram todos, mas não se percebe o quê. Fala-se em mudança, mas não se percebe que mudança é que aí vem.
Em Espanha, havia um partido que ganhava, um partido que perdia, e os outros. Agora, temos um empate. Há mais cenários e narrativas possíveis, mas o fim é uma incógnita. Se for bom, é um filme de David Fincher, se for mau é uma novela da TVI.