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Oh, mau tempo! Dá vontade de ir para casa, deitar no sofá, com uma mantinha, e ver epidemiologistas na televisão. Como antigamente. Ah, bons tempos!
O futuro ex-ministro da Administração Interna anda cheio de vontade de fazer coisas. Ontem, Calvão da Silva foi a Albufeira falar de Deus e do demónio, a pessoas cobertas de tristeza e de lama e descobertas de seguro. Deve ter saído de lá com a sensação de dever cumprindo. Entretanto, para alegrar o ambiente, mandou marcar duas festas: uma com a GNR, outra com a PSP. Paradas, continências, generais e comandantes. Vai ser linda a festa, pá!
Percebe-se a pressa, mas é tudo demasiado “fora da caixa”. Geralmente, os ministros são mais reservados no exercício das suas funções. Depois, quando saem, são mais analíticos, mais explicativos e mais prospectivos: “eu faria isto, eu faria aquilo”.
Por isso, as televisões estão cheias de ex. ministros. São todos competentes, do ponto de vista técnico, e brilhantes, do ponto de vista político. O que faz com que, cada vez mais, as pessoas queiram ser ex.ministros. A única chatice é, primeiro, ter que ser ministro. Calvão da Silva não percebeu esta coisa simples: não se pode ser ex-ministro, enquanto se está em funções.