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Portanto, se bem percebi: são insondáveis os caminhos deste senhor.
E pronto, agora é governar com duodenos. Desculpem, ainda estou a digerir o chumbo do Orçamento. [Foto: Mário Cruz/LUSA]
Dois dias para debater o programa do governo não é demais. Afinal, este é o país onde se discutiu, semanas a fio, o programa da Cristina. Já agora, reparem que alguns dos protagonistas são comuns. [Foto: Tiago Petinga - Lusa]
Quem quer coligar com a Carochinha, que é tão rica e bonitinha?
Confesso, ando confuso. No sábado, achava que o dia de reflexão não fazia sentido. No domingo, achei que hoje é que devia ser o dia de reflexão. Hoje, quero refletir mas não consigo.
[Foto: Mário Cruz - Lusa]
“Estou longe de arrumar as botas”, diz Jerónimo de Sousa, à SIC. Não sei como é que Jerónimo é com sapatos e sapatilhas. Mas, se fosse mais novo, poderia ser meu filho.
A contagem do tempo de serviço dos professores. A ameaça de demissão do governo. Os incêndios de 2017. O comendador Berardo. Eu sabia que era uma questão de tempo. A pouco e pouco, as grandes questões europeias vão entrando na campanha.
Ainda as chamas lavravam em Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra. Ainda as labaredas se alastravam em Góis e Pampilhosa da Serra. Ainda o fumo toldava a visão dos que trabalhavam no meio do fogo. E já havia quem exigisse fumo branco. Começou "O Pesadelo em Ar Condicionado", pensei, roubando o título de um livro de Henry Miller.
O pesadelo decorre, invariavelmente, no Monte Olimpo, com os clientes do costume. Uns permancem na frescura do ar condicionado. Outros, deslocam-se aos locais, em viaturas velozes e climatizadas, que replicam o Olimpo em quatro rodas. Chegados ao local (um qualquer, que só tem nome durante a desgraça), permanecem o tempo mínimo exigível e, depois, regressam ao Olimpo: o palco de todas as questões e discussões; de todas as conclusões e ilações.
É, por isso, que é tão importante o trabalho dos repórteres, que permanecem nas terras devastadas pelo fogo. Para que seja ali (e não, no Monte Olímpo) que se fale dos incêndios.. Fala-se com gente real e tangível; que troca os "bês" pelos "vês"; que falha na concordância entre sujeito e predicado. "E agora?", pergunta o repórter Nuno Amaral, na Antena 1. Agora, "é andar para a frente"... diz Lucinda. Ermelinda, sujeita com todos os predicados (nascida, batizada e casada em Alvares, no concelho de Góis), está em concordância com a primeira. Esta gente concorda no essencial, para não se perder nas discordâncias verbais do Monte Olimpo.