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Vem, aí, o fim de semana.
Dá mais tempo, para pôr a roupa a molhar no estendal.
Cabeceira de Bastos
O compositor tinha 94 anos e uma carreira repleta de grandes canções. Colocaram-no na categoria de "easy listening". O pai de Miguel Esteves Cardoso dizia que o que Burt Bacharach fazia era "difficult composing". Era tão bom a compor, que ouvíamos tudo sem esforço.
Bacharach começou, ainda nos anos 50, ao lado de grandes "crooners" como Vic Damone e Perry Como e de grandes divas, como Marlene Dietrich. Na transição para os anos 60, já com a cumplicidade do letrista Hal David, escreveu inúmeros sucessos para a voz de Dionne Warwick como "Walk on by", "Alfie" ou "l'll never fall in love again". Ou, ainda, "I say a little prayer", que voltaria a ser um grande sucesso na voz de Aretha Franklin. O mundo despontava para rock, mas Bacharach gostava do jazz de Dizzy Gillespie e Count Basie. Em 1968, o seu amor pelo jazz foi coorrespondido por Stan Getz. O saxofonista gravou, para a editora Verve, o "songbook" de Bacharach. Vários músicos de jazz juntaram Bacharach ao seu repertório.
O cinema também foi muito importante: Dusty Springfield cantou "The look of love", para a banda sonora de "Casino Royal"; BJ Thomas cantou "Raindrops Keep Fallin' on My Head" para o filme "Dois Homens e Um Destino. A canção foi premiada com Óscar. A conquista viria a ser repetida com a canção que Christopher Cross interpretou no filme "Arthur, o Alegre Conquistador".
Burt estava fora de moda, desde meados dos anos 70, e assim continuou até aos anos 90, quando gravou um disco com Elvis Costello, premiado com um Grammy. Nessa altura, os novos músicos resgatavam a sua música leve e pop, inspirada nos grandes compositores americanos como Gershwin ou Cole Porter, no jazz, na bossa nova ou noutros ritmos latinos. Em 2012, Bacharach e Hal David receberam o prémio Gershwin. Imagino o orgulho que deve ter sentido. Olho agora para ele, na prateleira da minha sala, na letra B. Está com um bom "look". Tem Britten e Bach de um lado, Bryan Ferry do outro. Acho que não está mal acompanhado.
- Gosto muito desse pijama.
- Eu também.
- Sabes o que é que diz aí?
- Não, pai.
- "Le premier à aller se coucher".
- Ah...
- Sabes o que quer dizer?
- Sei: "o primeiro gajo é coxo".
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/uma-casa-para-eugenio_a1461353
Coisas que se encontram no lar da minha mãe. Saúde e Lar. Saudinha é o que é preciso.
Lá na minha aldeia, havia uma "boîte" bem jeitosa (dizem, que eu nunca lá fui). Tinha senhoras, altas e loiras, com saias pequenas; e senhores, baixos e carecas, com carros grandes. Uma coisa à maneira. Infelizmente, tudo o que é bom acaba. Transformaram a "boîte" numa discoteca africana. E (já se sabe) aquilo é gente que não sabe estar!
Depois de dois anos de ausência, por causa da pandemia, o festival Verão da Casa regressa à Casa da Música. Até 17 de setembro, há vários tipos de música espalhados por vários palcos.
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/comeca-o-verao-da-casa-da-musica_a1409245
Vivo numa casa grande. É grande, sem ser apalaçada. Felizmente. Viver numa casa grande faz com que, por vezes, vivamos, durante uns tempos, numa das alas sem vermos as pessoas das outras. Ligamos, escrevemos, mas não nos encontramos presencialmente. Hoje, regresso ao Portugal em Direto, na Antena1 - uma área desta casa grande, que já não frequentava desde Março de 2020, numa altura em que a pandemia já estava infiltrada nos alinhamentos. Não é bem um regresso a casa, porque nunca saí dela, apenas mudei de uma ala para outra. Mas tem sabor a casa e a comida caseira. Serve-se à hora de almoço.