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Esta manhã, fui atacado pelo pecado da luxúria. Enfim, apeteceu-me comprar uma coisa de luxo. Pronto. Pensei numa casa de praia. Mas, depois, começou a chover. Refiz os meus planos. Enchi o depósito. É mais caro, mas também dá status. Só tive pena de não dar para abrir o vidro e andar com o braço de fora. Mas (lá está!) não se pode ter tudo.
Por estes dias, a minha rádio voltou a passar a canção "Russians", de Sting. A canção marcou o ano de 1985. Estávamos em plena guerra fria, cheios de medo da guerra nuclear. A União Soviética estava em queda livre e Reagen andava com a cabeça nas nuvens. Os Estados Unidos lançaram um programa para impedir uma guerra nuclear, a partir do espaço. Tinha o nome, oficial, de Iniciativa Estratégica de Defesa, mas ficou conhecido, popularmente, como "Guerra da Estrelas". Este nome dava-nos uma ideia de ficção, de uma brincadeira de crianças muito, muito perigosa. "Russians" fala de Reagan, de Khrushchev, de uma guerra "invencível", do brinquedo mortal (bomba atómica) de Oppenheimer, do amor pelas crianças. A canção passava, muitas vezes, antes ou depois do telejornal e dava-nos arrepios. Os mesmos que sinto, por estes dias, em que voltámos a ouvir "Russians", pelas piores razões.
E aquelas pessoas que saem da via rápida e fingem que vão meter gasolina, só para passarem à frente dos outros na fila? Não são todas, claro, só algumas. Muitas nem se dão ao trabalho de disfarçar.
Covid-19. A variante Delta já é dominante, em Portugal, com perto de 90% dos casos de infeção. O Instituto Ricardo Jorge alerta, ainda, para o aparecimento de uma nova variante chamada Lambda.
Achávamos (mal, já se vê) que os especialistas iam continuar a escolher nomes gregos e eruditos. Infelizmente, voltaram-se para nomes latinos e chunga. Deste modo, temo que as próximas variantes venham a ter nomes como "Milla", "Bomba" ou "Macarena".