por Miguel Bastos, em 12.07.21
Este fim-de-semana, fui ver a recuperação de uma obra de arquitetura. A obra é do pai do modernismo português, que sonhou fazer uma torre à americana, na minha aldeia. A recuperação é do filho, Bernardo Távora (este é biológico - Siza é só em sentido figurado), que me fez o favor de assinar o livro que documenta o trabalho de ambos. No mesmo dia, no mesmo edifício, foi, depois, homenageado Mário Sacramento, figura destacada na oposição ao salazarismo, que organizou os Congressos Republicanos de Aveiro e que foi agraciado, na semana passada, com a Ordem da Liberdade, pelo Presidente da República. Pacheco Pereira deu a contextualização histórica, o neto, Vasco, falou da parte emocional. Reencontro um amigo de infância, antigo jornalista do Diário de Notícias; um diretor da RTP, que conheci de guitarra a tiracolo; uma ilustradora, com uma interessante carreira internacional. Às vezes, a minha aldeia parece uma capital europeia. Só não tem uma torre à americana.
[Foto: Câmara Municipal de Aveiro]