Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O presidente do Brasil tocou num ponto-chave: "com a bandeira nacional nas costas ou com a camiseta da seleção brasileira, para se fingir de nacionalista, para se fingir de brasileiro, façam o que eles fizeram hoje." A questão não é estética, é ética. E é política. O populismo tende a apropriar-se de valores e símbolos nacionais, que representam a identidade e a unidade de um povo. Ao fazê-lo, excluem os outros desses mesmo valores. Ao vestirem a "Ordem e o Progresso", da bandeira do Brasil, estão a sugerir que os outros estão contra esses valores. Eles são os representantes da Nação. Não são, diz Lula. E vai mais longe: fingem-se. Fingem-se de nacionalistas. Fingem-se, até, de brasileiros. Convenhamos, é difícil entender como é que alguém se assume como nacionalista, enquanto ataca as instituições da Nação. Mas já o vimos, recentemente, no país que gosta de se apresentar como farol da democracia. É o país que o antigo presidente do Brasil escolheu para ter uma dor de barriga. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido teve problemas com os nacionalistas que, para defenderem os (alegados) valores da nação, colaboraram com a Alemanha Nazi. Não acabaram bem. Os partidários da "Ordem e o Progresso" mostraram, sem sombra de dúvidas, quem eram e ao que vinham. Eles não querem "Ordem e o Progresso". Quem a Sua "Ordem e o Progresso". Caso contrário, estes partidários partem tudo. Devia ser surpreendente, mas não é.