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Alberto Souto

por Miguel Bastos, em 07.07.25

alberto souto.jpgNasci numa casa velhinha. Numa zona que, aos meus olhos de criança, era uma espécie uma aldeia gaulesa, no centro da cidade. Gostava muito "da minha alegre casinha". Tinha três pisos: o melhor era o primeiro “a contar vindo do céu". Mas tinha um problema: à semelhança do chefe dos gauleses, que temia que o céu lhe caísse na cabeça, eu temia que o teto da minha alegre casinha me caísse em cima e me aleijasse a cachimónia. De modo que, continuando a gostar da minha, comecei a olhar para as casas vizinhas, menos velhinhas, nas ruas vizinhas. Ruas com prédios de azulejo e elevador, com títulos académicos e nomes estrangeiros cheios de pinta: Rua Engenheiro Von Haffe ou Rua Engenheiro Oudinot. Havia outra rua que, não tendo nome estrangeiro, parecia estrangeira. Também tinha prédios modernos e tinha passeios grandes, para brincar, e árvores pequenas, para dar sombra, no verão, e luz, no natal. E tinha lojas modernas: uma de roupa, outra de móveis, uma galeria de arte, um self-service, um café, uma pastelaria, um cabeleireiro, uma gelataria, uma discoteca. Só lhe faltava um Centro Comercial, que, entretanto, chegou. E um arranha-céus - como na América - que, entretanto, também chegou. É certo que, afinal, não fizeram uma piscina no último andar (que pena, ia ficar mesmo fixe!). E que, afinal, aquilo já não é a rua Alberto Souto (pormenores, sem a mínima importância). Eu já tinha passado a sonhar com uma casa (um apartamento, à maneira!) na Rua Alberto Souto, que - bem vistas as coisas - nem parecia uma rua, mas duas. Um "L", que desenhava uma espécie de praceta. Para nos orientarmos, eu e os meus amigos começámos a distinguir a rua "Alberto", da rua "Souto": até à esquina, era Alberto; depois da esquina, era "Souto". Mas não resultava, porque dependia do ponto de partida: "de quem vem da Avenida?" ou "de quem vai da Oudinot?". Dava sempre risada, entre nós. Mais tarde (muito mais tarde), fiquei a saber quem era o senhor que dera nome à(s) rua(s). E, entretanto, apareceu outro Alberto, com o mesmo nome de família, a querer ser presidente. E foi. E quer voltar a ser. Mas, agora, há outro que, não tendo o nome da primeira rua, tem o nome da segunda: Souto.

 

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Menina da Ria

por Miguel Bastos, em 03.07.25

menina.jpg

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Aldeia global

por Miguel Bastos, em 26.03.25

aveiro.jpg 

A "aldeia global" é um conceito criado por Marshall McLuhan, nos anos 60. De acordo com o filósofo, as novas tecnologias, ao encurtarem as distâncias, transformam o planeta numa aldeia - onde todos sabemos de todos.
O Vasco Sacramento é da minha aldeia e vou tentando saber dele, à distância. Nesta conversa, com o Nuno Galopim, na Antena 1, não fala de McLuhan. Mas fala da sua vida na aldeia. E da ideia que teve de importar o mundo. E de exportar a aldeia. E, ainda, das tecnologias que encurtam, mas também criam novas distâncias.
A fotografia tirei-a, eu, na minha aldeia.
 
A conversa pode ser ouvida, aqui:

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A Garota bairrista

por Miguel Bastos, em 16.12.24

ELA.jpg 

"Eu sou muito bairrista", disse A Garota Não, "e se eu tivesse uma cantora destas, lá em Setúbal, eu não parava de falar dela". A cantora é Ela Vaz. As duas cantaram juntas e trocaram piropos, pela primeira vez, este fim de semana. "Quem me dera ter a capacidade de falar da Garota", disse Ela. "Se eu tivesse a voz dela só dizia 'boa noite', começava a cantar e estava feito", respondeu a Garota. As duas cantoras partilharam o palco do Teatro Aveirense, na celebração dos 190 anos da Banda Amizade - Banda Sinfónica de Aveiro. A Garota tem feito um percurso extraordinário e tem recebido uma atenção que é mais do que merecida. Já o percurso de Ela Vaz tem sido mais discreto. Talvez, por isso, a Garota não a conhecesse. O que a deixou, até, constrangida. "Como é que eu não conhecia uma voz destas? Incrível!", confidenciou. E foi, nesse contexto, que falou de bairrismo. E da necessidade de falar de Ela Vaz. E de a ouvir, acrescento eu, que não sou nada bairrista. Bem, talvez um bocadinho.
 
Para ouvir, aqui:

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A Aldeia de Egas Moniz

por Miguel Bastos, em 29.11.24

a nossa aldeia.jpg

A vida de Egas Moniz dava um filme? Dava. E deu: um filme, um livro, um Nobel, e, até, uma opereta que ele próprio escreveu. Chamou-lhe "A Nossa Aldeia".

Para ouvir, aqui:

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/estreia-se-nova-versao-de-a-nossa-aldeia_a1618257

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O rio

por Miguel Bastos, em 23.10.24

rio ria.jpg  

O rio, a chegar à ria.

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Nevoeiro

por Miguel Bastos, em 22.08.24

esmoriz.jpg 

- E viste a Nessie?
- Onde? Na Barrinha de Esmoriz?!

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Passear

por Miguel Bastos, em 23.07.24

passadiço.jpg

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Nha terra, meu country

por Miguel Bastos, em 21.06.24

aveiro.jpg

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Todos, todos

por Miguel Bastos, em 26.09.23

Bom dia, para todos. Todos, todos. Mesmo para aqueles que dizem "Nánadia".

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