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Nheca nheca

por Miguel Bastos, em 06.05.25
"Um debate nada nheca nheca" foi o título escolhido para o primeiro jornal de campanha, da Antena 1.
Há onomatopeias que valem mais do que mil palavras.
O "zig-zag" soou requentado. Mas, o "nheca nheca" soou-me a "pumba".
 
"Vamos a votos"? Vamos. "Vrum, vrum".
 
Para ouvir, aqui:
 

 

 

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O apagão

por Miguel Bastos, em 30.04.25
O apagão fez acender um amor, inesperado, à rádio. E o amor é lindo. Digo-o, sem ironia. As páginas das redes sociais encheram-se de postais, com mensagens de amor e fotografias de aparelhos de rádio. Rádios novos, comprados à pressa. Rádios antigos, retirados de caixotes que foram caixões. Rádios ressuscitados. Rádios resgatados à memória: às tardes na aldeia, com a avó; às idas à bola, com o avô. Foi o desfile da rádio nostalgia, da rádio saudade, da rádio a pilhas.

Ora, a rádio não é a pilhas. A rádio é tão boa, que até pode ser a pilhas - o que é muito diferente. Como pode ser digital. E pode ser pod coiso, para os pod-modernos. E pode ter imagem, para os selfie made men. E é wireless, de nascença. A rádio não é coisa do passado. É de agora - como se ouviu, quando não se via nada.

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Sá Carneiro

por Miguel Bastos, em 28.04.25

EXPOSIÇÃO SÁ CARNEIRO DEMOCRACIA.jpg 

Quando foi fundado, em 1974, o PPD quis-se afirmar como um partido de centro-esquerda. Ninguém acreditou. A esquerda considerou, logo, que o PPD era um partido de direita disfarçado - que teve de adaptar o discurso, para se poder afirmar no pós 25 de Abril. Pacheco Pereira considera que essa narrativa não serve, apenas, à esquerda. Também dá jeito ao próprio PSD que, para não assumir que virou (ou foi virando) à direita, diz que sempre o foi, mas na altura não o podia assumir. São pessoas (defende) que usam a imagem de Sá Carneiro, sem lhe conhecer o pensamento. A exposição "Francisco Sá Carneiro e a Construção da Democracia" pode dar uma ajuda.
 
Para ver, na Câmara do Porto.
 
Para ouvir, aqui:
 

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/exposicao-sobre-sa-carneiro-inaugurada-no-porto_a1649753

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Num minuto

por Miguel Bastos, em 22.04.25

papa_francisco.jpg

Esta Páscoa, pouco depois de vermos o filme "Conclave" (oh, ironia!), falava de rádio com uma pessoa da família.
 
- Mas, quando é que escolhes os temas da Antena Aberta? - , perguntava-me ela.
- No próprio dia - , respondi-lhe.
- Mas não consegues preparar nada, no dia anterior?
- Às vezes, sim. Mas tenho, sempre, de estar preparado para deixar cair o que tinha pensado.
- Como assim?
- Eu posso ter uma ideia e, de repente, acontece uma coisa que me obriga a mudar o tema.
- De um dia para o outro?
- De um minuto para o outro.
 
Como ontem, infelizmente.

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Mark Eitzel

por Miguel Bastos, em 04.04.25

mark.jpg 

Está, há oito anos, sem gravar um disco. Entretanto, teve dois ataques cardíacos; casou, há cinco, com o homem com quem namorava, há dez; e voltou a cantar, ao vivo. Um final feliz? Mais ou menos.
Mark Eitzel está preocupado com o mundo e cansado da América, da violência, do populismo. Não quer escrever canções sobre isso. "E tem escrito?", pergunto. "Infelizmente", responde, "não tenho escrito sobre outros temas. Não consigo. E é por isso, que eu não quero gravar."
 
Para ouvir aqui:

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Manoel de Oliveira

por Miguel Bastos, em 02.04.25

IMG_1886.jpeg 

Em 1982, Manoel de Oliveira teve de vender a casa da família e fez um filme sobre isso. Oliveira tinha mais de 70 anos, tinha consciência de que estava no fim da vida, e decidiu que o filme só seria exibido depois da sua morte. Só que a vida prega-nos partidas e (imagine-se!), às vezes, essa partidas são boas. A vida deu-lhe mais 33 anos. Manoel de Oliveira morreu há 10 anos, aos 106 anos.

Para ouvir, aqui:

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/cineasta-manoel-de-oliveira-morreu-ha-10-anos_a1645148


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O teatro

por Miguel Bastos, em 27.03.25

TNSJ.jpg

"Uau! Então, isto é que é o teatro!", disse eu, a mim mesmo, sem abrir a boca, sem deixar de ouvir por fora, sem tirar os olhos do palco. Na boca de cena, Ruy de Carvalho enchia o palco e enchia-me de espanto. Até esse momento, tinha visto, apenas, teatro amador e universitário. E tinha gostado. Mas isto era outra coisa. Ele, Ruy de Carvalho, sozinho em palco, no olho do furacão. Nós, a procurar um porto de abrigo, no meio d' "A Tempestade", de Shakespeare. Ele, não só, mas tanto. Nós, tantos e tão sós, dentro de nós próprios.
Há poucos meses, estava no palco do Ruy e pensei nele. E em mim. Olhei para o camarote, do lado direito, e ainda vi os meus olhos a brilhar nesta direção. Viva o Teatro!

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Aldeia global

por Miguel Bastos, em 26.03.25

aveiro.jpg 

A "aldeia global" é um conceito criado por Marshall McLuhan, nos anos 60. De acordo com o filósofo, as novas tecnologias, ao encurtarem as distâncias, transformam o planeta numa aldeia - onde todos sabemos de todos.
O Vasco Sacramento é da minha aldeia e vou tentando saber dele, à distância. Nesta conversa, com o Nuno Galopim, na Antena 1, não fala de McLuhan. Mas fala da sua vida na aldeia. E da ideia que teve de importar o mundo. E de exportar a aldeia. E, ainda, das tecnologias que encurtam, mas também criam novas distâncias.
A fotografia tirei-a, eu, na minha aldeia.
 
A conversa pode ser ouvida, aqui:

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Tom Waits

por Miguel Bastos, em 25.03.25

AP VARGAS.jpg

"Sabe, a dada altura, tinha imensos amigos que adoravam o Tom Waits. Eu gostava, mas não adorava. Discutia-se qual era o melhor período, o melhor álbum, o melhor tema. Então, por graça, dizia que o meu tema preferido do Tom Waits, era o seu."
António Pinho Vargas sorriu. Continuámos a conversar na rádio. Em breve, partilharemos a conversa.

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Patética

por Miguel Bastos, em 21.03.25

JORGE PALMA CESÁRIO COSTA.jpg 

Os Promenade são concertos para toda a família. São de manhã, são comentados, têm uma atmosfera informal e uma componente visual. Tudo para ajudar os mais novos e os menos familiarizados a se aproximarem da chamada música clássica. Este domingo, começa mais uma temporada, com a Sinfonia n.º 6 de Tchaikovsky, conhecida como a Patética. A primeira vez que a ouvi, procurei algo divertido, "apalermado", mas só encontrei uma tristeza profunda e um nó na garganta. Soube, de seguida, que Tchaikovsky morreu 9 dias depois de ter dirigido a sinfonia que anunciava a sua morte. Foi, então, que descobri que, afinal, o pateta era eu.
 
A nova temporada dos Concertos Promenade, num minuto e meio. Para ouvir, aqui:
 
 
(Fotografia: Lara Jacinto)

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