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Bernstein

por Miguel Bastos, em 17.03.23

bernstein.jpg 

1959. Leonard Bernstein aperta a mão de Eisenhower, o presidente dos Estados Unidos. O maestro acabara de dirigir a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, na "Fanfarra para o Homem Comum", de Aaron Copland. As cerimónias marcavam o início da construção do Lincoln Centre - o centro de artes, que iria iluminar o mundo, a partir de Nova Iorque. O biógrafo, Barry Seldes, considerou que este era o momento certo, para assinalar tudo o que esteve errado: o controlo político, as pressões, as investigações, as listas negras, os afastamentos, as retenções de passaporte, a censura, a autocensura, as confissões. Bernstein, como tantos artistas e intelectuais seus contemporâneos, passou por tudo isto. Foi, assim, a América do macarthismo. A "caça às Bruxas" está delimitada no tempo, mas vai para além desse tempo.
 
Ao longo de toda a sua carreira, Bernstein - um liberal, um progressista, um homem de esquerda - sentiu pressões políticas, particularmente quando os republicanos estiveram no poder. A forma como Bernstein lidou com essas pressões, faz lembrar os relatos dos artistas portugueses durante a ditadura. Esta biografia política não se limita a tentar perceber as ideias políticas do compositor e maestro, o seu grau de envolvimento na ação política, ou a forma como lidou com o poder político. Tentou perceber, também, de que forma é que a política americana influenciou (condicionou?) a sua música. Do ponto de vista político, esta biografia serve, ainda, para nos lembrar que a liberdade e a democracia estão, permanentemente, em risco. Mesmo quando tudo parece estar bem.

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Tele franchising

por Miguel Bastos, em 22.11.21

al jazeera.jpeg

Olá, Al-Jazeera!
Não sei se estás a pensar abrir um "franchising", em Portugal. Como os outros, lá da América.
Se estiveres, telefona-me por favor. Não peço nada de especial: apenas um ordenado "chorudo". E um fato novo. Assim, daqueles à moda.

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Coisa ruim

por Miguel Bastos, em 18.02.21
Stay away, take away.

On demand, on delivery.

Drive in, drive through, walk through.

Task force, briefing, webinar.

Felizmente, a coisa ruim é lá na América.

God bless, ou santinho, ou lá o que é.

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América

por Miguel Bastos, em 29.08.20

america.JPG

A América está em perigo. Por causa dos comunas e dos chineses. A teoria não é nova. Já a tinha ouvido, na casa de pasto do Zé Fernandes. Desta vez, foi na Casa Branca do Donald Trump.
[Na foto: Double America 2, de Glenn Ligon, 2014]

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Saúde

por Miguel Bastos, em 15.04.20

Donald Trump é presidente, mas age como um empresário ou como um chefe de família. Desta vez, cortou a mesada à Organização Mundial de Saúde. Saudinha, é o que lhe desejo. Desejo a todos. Mas, a alguns, com muita dificuldade.

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Nova guerra

por Miguel Bastos, em 01.06.18

trump.jpg

Donald gosta de uma boa guerra. A nova guerra é com a velha Europa. Há quem o ache enferrujado. Mas, o Donald está "como o aço".

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Posta restante

por Miguel Bastos, em 15.02.18

postal.jpg

O novo filme de Spielberg, "The Post", passa-se na era Nixon. Mas, é inevitável vê-lo como uma reacção à era Trump. Não é, no entanto, um filme dos bons contra os maus. É melhor que isso. A história anda à volta de uma investigação, governamental, sobre o Vietname. Fica-se a saber que, afinal, a guerra do Vietname era uma história mal contada. Aliás, era uma história não contada. Porquê? Porque os presidentes anteriores (Kennedy e Johnson) eram do grupo dos bons. O grupo que os jornais gostavam. Com quem tinham cumplicidade. Eram farinha do mesmo saco. Um saco onde estava, desde logo, o Washington Post.

 

Os protagonistas são a dona do jornal (Meryl Streep) e o diretor (Tom Hanks). São eles que vão ter que colocar em causa a sobrevivência do jornal, em nome da liberdade da imprensa. Mas, tão ou mais importante, vão ter que se colocar em causa.   

 

Nesse sentido, "The Post" é um filme sobre a perda da ingenuidade. Um postal de uma época e do que restou dela.

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Diretor do FBI?

por Miguel Bastos, em 31.05.17

Pergunta o DN: "Quem quer ser diretor do FBI?" Estranhei. Então, o concurso não era "Quem quer ser milionário"? Mas, depois, pensei: o cargo de milionário já está ocupado...

http://www.dn.pt/mundo/interior/trump-prossegue-busca-novo-diretor-fbi-com-mais-entrevistados-apos-varias-negas-8519957.html

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Pato Donald

por Miguel Bastos, em 30.01.17

donald.jpg

Friedrich emigrou para os Estados Unidos e enriqueceu. O filho, herdou dinheiro e o nome. Mas, o nome, já estava devidamente americanizado: Fred. Fred casou com uma mulher escocesa, de férias em Nova Iorque. Foi nesta cidade que fez prédios e filhos. Mais prédios do que filhos, é certo. Mesmo assim, fez cinco. Filhos. A um chamou-lhe Fred, como o pai. A outro chamou-lhe Donald, como o pato. Donald herdou a empresa de construção e tornou-se um pato bravo, como o pai. E, como o pai, fez prédios e filhos. Cinco. Mas, Donald é um pato moderno. Fez os filhos em prestações suaves e, como bom pato de negócios, deslocalizou a produção com modelos feitos na Checoslováquia e na Eslovénia.

 

Com um passado tão rico (mesmo!) e cosmopolita, fazia sentido pensar que o seu objectivo de “tornar a América grande, outra vez”, passasse por abrir as portas a mais emigrantes empreendedores. Mas não, as portas são para fechar. O que nos deixa a pensar: "E se o pato tiver razão?” Se tivessem sido mais exigentes nas políticas de emigração, a América não teria chegado onde chegou: a ter patos, na Casa Branca.

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