É uma sensação terrível, não é? Pelo menos, para mim é. Foram poucas vezes que isso me aconteceu. E sei bem os livros em que tal me aconteceu. Não foi o caso deste. Trinta e tal anos depois, talvez seja a altura de retomar esta leitura. Um abraço e obrigado por ter passado por cá.
Neste livro, lembro-me daquela permanente dúvida do personagem entre as duas carreiras que pretendia seguir. E como me aborrecia a leitura, a ponto de colocar o livro de lado. Há outro livro, de uma escritora portuguesa, que também deixei de ler. Mas de que me não lembro o nome, nem da escritora nem do livro. Mas acho que este tinha um título com muitas palavras. E, da escritora, o nome parece chegar-me, mas desaparece. Não é uma escritora muito conhecida. Lembro-me de ter falado do livro com um colega e amigo, há época, e ele ter ficado admirado de eu não ter gostado, porque ele gostara muito de o ler. Saudações e muita saúde.
Somos todos diferentes e também temos momentos diferentes. Há várias motivos para um livro ficar a meio: pode não ser culpa nossa, nem do livro, nem do autor. Apenas não é o livro certa para aquela altura. Acho que escolher um livro pode ser uma coisa parecida como escolher um determinado prato, ou uma determinada roupa. Não só ser bom ou mau, é o que nos apetece ou o que precisamos, naquele momento. Obrigado pela visita. Saúde.
Este "há época" saiu-me assim, lamento e corrijo. Na época, anos oitenta, não consegui lê-los. Não sei se ainda os tenho. Irei procurar. Talvez volte a tentar, já que ando numa onda de releitura. Lembrei-me do nome da escritora: Eduarda Dionísio. Na net, confirmei e soube o nome do livro: "Histórias, memórias, imagens e mitos duma geração curiosa" - Lx. Círculo de Leitores, 1981.