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“Quem vê TV, sofre mais que no WC”. Assim dizia a música dos Táxi, nos idos anos 80. Passados mais de trinta anos, o que é que as pessoas veem? TV, precisamente. O tema TV WC passava em revista a programação televisiva de então. Dois canais RTP, hino da TV a abrir, hino nacional a fechar. Desenhos animados, novelas, noticiários, concursos e variedades. Não mudou muito, pois não?
Durante anos, a salvação da televisão passava por… mais televisão. Primeiro era necessário criar a televisão privada; depois multiplicar canais; finalmente, segmentar, de acordo com o mercado. Durante este tempo todo, falou-se da morte da televisão. Pois, a notícia da sua morte foi sempre exagerada. Quase 100% das pessoas vê televisão, diz o estudo da Universidade Católica. Surpresa? Nenhuma.
A rádio, que “ninguém ouve”, é, afinal ouvida por 73% das pessoas. E uma maioria significativa lê jornais e revistas. Ao pé destes dados, ter 60% de pessoas como utilizadoras de internet é uma percentagem “mixuruca”.
Podemos discutir estes números? Podemos e devemos. Discutir mesmo. E não andar a reboque de propagandas pseudo-modernistas. Houve um autor que, há muitos anos, perguntava: “Não acham estranho que a morte do livro seja sempre anunciada em livro?”. Eu sempre achei. Ainda acho. Mas eu, levo os livro para o WC.