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Herman regressa hoje ao humor. E, ainda por cima, com Maria Rueff. Juntos, trazem de volta uma dupla hilariante: Nelo e Idália. Ela cita existencialistas franceses; ele cantores pimpa. Ela domina a língua portuguesa; ele não domina nenhuma. Nem a sua. Por isso, diz coisas como “paletes de gajas” ou “apertar o círculo”. Ela cerra os punhos para se conter, ele abana a carteira de mão. Ela só pensa nele; ele só pensa no Zé Carlos. Triste e hilariante, ao mesmo tempo.
Nelo e Idália é das melhores criações do humor em Portugal. Nasceram num talk show e agora ganham espaço próprio. Estou entusiasmado. Sempre me pareceu um enorme desperdício ter o grande humorista a fazer concursos e talk shows e a melhor actriz de comédia fora da televisão. A direcção da RTP percebeu isso. Ainda bem. Oxalá o programa resulte.
Com os Gato Fedorento de volta para o exílio e Marcelo fora da TVI, haja alguém que nos traga alegria.
Foi péssimo. Programa justamente castigado pelas audiências. Neste momento, o Herman tem, em horário nobre, menos espectadores do que o Goucha de manhã. Impensável há uns anos, inevitável agora. O "humor" do Herman está reduzido a ordinarices, rimas em alho e anedotas velhas. Até a canção do genérico é uma reciclagem do "Vamos lá cambada", com umas alterações para não ter de pagar direitos aos herdeiros do Carlos Paião.