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Quando ouvi “Lazarus” e “Blackstar”, as novas canções de David Bowie, fiquei assombrado. São duas canções densas e soturnas. Os vídeos agravam, ainda mais, o negrume. Blackstar, o álbum, é um Requiem, percebemo-lo agora. Apesar de ter piscado o olho ao “mainstream”, nos anos 80, Bowie nunca nos facilitou a vida. Muito menos agora, depois da sua morte. O seu último disco é doloroso de se ouvir.
A morte de Bowie lembrou-me Amadeus, a peça de Peter Shaffer levada ao cinema por Miloš Forman. Na peça/filme, Mozart, moribundo, escreve uma missa fúnebre, que deixa inacabada. A encomenda de um Requiem, a Mozart, foi um prenúncio da sua própria morte, envolta em mistério. Só que, ao contrário de Mozart, Bowie sabia que ia morrer. E preparou a sua morte. E escreveu, conscientemente, a música da sua morte.
O Requiem, de Mozart, é uma música avassaladora. Mas, Mozart é um personagem histórico. Morreu muito antes de termos nascido. Bowie não. E isso, deixa-me com arrepios na espinha.
Sou da mesma opinião.
Assim como a de que este blog, deveria ser mais destacado pelo SAPO.