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Primeiro, a Europa fez de conta que não viu. Depois, era um problema dos países do sul. Quando os refugiados chegaram, em massa, a França e à Hungria a coisa começou a mudar. Em França, os refugiados perceberam que a “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” tem dias e que, do outro lado de Calais, não há oásis, só mau tempo no canal. Na Hungria, deram de caras com um líder político que, de urbano, só tem o nome. Orban ergueu um muro, esquecendo que já esteve do outro lado de um.
Cameron não se distingue muito. Como Orban, gosta de estar com um pé dentro e outro fora da Europa e lembra que o seu reino não tem espaço para Schengen. Angela Merkel tem estado sozinha e também veio dizer “já Schengen”. A poderosa Alemanha não consegue convencer os parceiros europeus a receber refugiados e também fecha as fronteiras.
A Europa não tem memória, nem pensamento, nem discurso, nem liderança. Tem porteiros.
“Já Schengen” é a resposta da Europa à Crise dos Refugiados. O último que feche a porta.
Tanta guerra, tanta intolerância
Tanta fome, tanto desespero
Tanta esperança, tanto medo
Tanta água para um cemitério!
Tanta criança inocente
Ao colo de quem ambicionava ser Gente
Tanta aposta num dia diferente
Tanta coragem para seguir em frente!
Morrer, por morrer, vale mais correr
Do que ouvir os filhos de fome gemer
Porque parte o coração, só de ver
A tantos sacrifícios, os submeter!
Quem é que consegue entender?
O que no Mundo está a acontecer
Quem souber, que o diga
Porque custa muito, ver
Tanta gente a morrer!
José Silva Costa
Tanta guerra, tanta intolerância
Tanta fome, tanto desespero
Tanta esperança, tanto medo
Tanta água para um cemitério!
Tanta criança inocente
Ao colo de quem ambicionava ser Gente
Tanta aposta num dia diferente
Tanta coragem para seguir em frente!
Morrer, por morrer, vale mais correr
Do que ouvir os filhos de fome gemer
Porque parte o coração, só de ver
A tantos sacrifícios, os submeter!
Quem é que consegue entender?
O que no Mundo está a acontecer
Quem souber, que o diga
Porque custa muito,
ver
Tanta gente a morrer!
José Silva Costa