Miguel Bastos

Não me parece mal pensar sobre o assunto. Pensar já é, aliás, um bom princípio. Gostei do post, obrigado.
Mas, tendo pensado um pouco, analisando aqui apenas a "seriedade" da proposta, chego inevitavelmente à mesma conclusão:
Não podemos comparar o trabalhador com o estudante. Este estuda quando quer. A escolha é dele, ele tem o poder sobre o seu tempo e a forma como o gere e gasta. Obviamente essas opções trazem consequências, mas o poder de escolha está lá. Em contrário, o trabalhador não. Em última análise, o trabalhador também escolhe, mas acho que não é necessário estar a explicar a gravidade das consequências dessas escolhas vs. as do estudante.
Não vou, nem me parece que faça sentido, entrar pela análise politica do significado do dia do trabalhador. Assento apenas no facto de que se entendeu por bem atribuir ao trabalhador um dia feriado nacional (e internacional) dedicado a ele. Um dia em que não se trabalha. E atenção, isto não quer dizer necessariamente que esteja parado em casa a fazer nenhum. Cada um escolherá o que fazer com esse dia, até trabalhar, se for o caso. 
Ainda no próprio dia ouvia o nosso PR comenta-lo e dizer exatamente isto. É o que a democracia nos trouxe (de bom, segundo ele):  o poder de decidir o que cada um quer fazer nesse dia e como o quer passar. Porque, nos outros dias todos, e assumindo que estamos todos na mesma página de civismo, cumprimento dos nossos deveres profissionais,  morais, etc, há que trabalhar.
O estudante não. Sejamos francos. Também já fui estudante. O estudante, mais ou menos coisa, faz o que quer, quando quer e como quer. E depois logo se vê. Ou gere muito bem e passa bem, ou mais ou menos e mais ou menos, ou gere mal e dá-se mal. Mas, no sentido que estamos a discutir, é livre ou, pelo menos, mais livre, que o trabalhador.
Talvez por isso não haja feriado para celebrar o dia do estudante. Digo eu.
Nem se falou, por falar nisso, no trabalhador estudante....dava para outra leva....