O Eça escreveu Palheiro de José Estevão de Costa Cabral, mas no Douro
O livro das cartas é da Sociedade Typographica Franco-Portugueza, 1863 - 407 páginas
Foi só então que José Estevão consentiu em deixar curar as suas feridas. Pela meia noite mandaram-lhe os amigos de Almofala tres boas cavalgaduras, em que os revolucionarios montaram, e, guiados por um contrabandista, marcharam para Subradillo aonde se esconderam dentro de um palheiro, e alli estiveram o dia todo. - As nove horas da noite seguinte, marcharam para o Douro, que atravessaram em uma barca hespanhola, levando-lhe o caritativo visinho nosso noventa e dois duros pela passagem.
Atravessado o rio, esconderam-se todos tres por detraz de umas grandes pedras, que ficavam a pouca distancia d'elle, e ao romper da manhã destacou José Estevão o sr. Guedes para Moncorvo, com cartas para os setembristas d'alli.
Deve notar-se, que a este tempo já o sr. Costa Cabral tinha mandado a todos os governadores civís das differentes provincias do reino, uma portaria circular, em que se offerecia o premio de dois contos de réis ao individuo, que apresentasse ao governo a cabeça de José Estevão. Esta honra não tinha recebido o illustre caudilho da liberdade do governo do senhor D. Miguel; estava reservado o seu consocio dos Camilos para lh'a conferir.
E relativo à Costa do Palheiro, não encontro