Ajudar
por Miguel Bastos, em 02.11.24
Esta fotografia lembra as imagens de refugiados: a fugirem da guerra, da fome, da seca. Mas, neste caso, não são pessoas que partem. São pessoas que chegam, para ajudar os que perderam tudo na região de Valência. Foram tantos os que quiseram ajudar, que o governo teve que organizar as pessoas. Pediu-lhes, ainda, que andassem a pé, para não dificultarem os trabalhos das equipas de emergência. Andam quilómetros, a pé, com pás e vassouras ou com garrafões de água e alimentos. Apenas, para ajudar. "Apenas". Com isso, ajudam-nos, também, a acreditar na humanidade.
[Fotografia: Jose Jordan, AFP]
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4 comentários
Antonio Lopes a 04.11.2024
Como o Mundo seria belo se as pessoas fossem assim.
Vagueando a 04.11.2024
Perante um cenário dantesco concordo com o que refere - é possivel acreditar na humanidade.
Por outro lado, custa-me ver que a ajuda demorou e não foi ou não estará a ser devidamente coordenada devido ao facto de o governo da região e o governo central, serem de famílias políticas opostas.
Isso sim, a ser verdade, para além de ser lamentável é execrável.
Por outro lado, circula por aí nas redes sociais, informação de que na região, foram desmanteladas nos ultimos anos, em nome do clima , da sustenabilidade etc., uma série de barragens que, a existirem teriam evitado as cheias. Onde estão os cientistas e ambientalistas a confirmar ou a desmentir esta situação?
Por outro lado, custa-me ver que a ajuda demorou e não foi ou não estará a ser devidamente coordenada devido ao facto de o governo da região e o governo central, serem de famílias políticas opostas.
Isso sim, a ser verdade, para além de ser lamentável é execrável.
Por outro lado, circula por aí nas redes sociais, informação de que na região, foram desmanteladas nos ultimos anos, em nome do clima , da sustenabilidade etc., uma série de barragens que, a existirem teriam evitado as cheias. Onde estão os cientistas e ambientalistas a confirmar ou a desmentir esta situação?
Anónimo a 04.11.2024
Não é por essa veia que se chega à esperança na humanidade. Nunca esteve em causa a certeza de que, alguém que caminhe defronte, tropece e caia, o instinto de quem observa de perto a vai ajudar. A questão é outra. Não há esperança na humanidade quando uma multidão é incautamente manipulada por poucos, na busca pela satisfação de interesses individuais ou corporativos. Podemos observar no silêncio das horas demasiadas enchentes que arrastam para o lado o espírito colectivo em favor da pilhagem de consciências.
António J a 04.11.2024
"Pediu-lhes, ainda, que andassem a pé, para não dificultarem os trabalhos das equipas de emergência."
Ajudantes ou empatantes?
Ajudantes ou empatantes?
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