Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Bush é bom. (Desculpem, hoje acordei um bocado onílico).
Esta manhã, fui ao estendal buscar uma máscara. Como muita gente passou o confinamento à lareira, cheirava a fumeiro. Acho que vou passar o dia a pensar em chouriça com grelos. Pensem nisto, senhores empreendedores: podem vender máscaras com aroma a enchidos. São saborosas e não fazem mal ao colesterol. Podem, até, vender aos pares. A outra deverá ter aroma a vinho tinto. Não precisam de agradecer.
O primeiro-ministro ficou muito surpreendido, porque os portugueses estavam mais preocupados em explorar as exceções do que em cumprir as regras. Já tinha acontecido isso, há uns anos. E, nessa altura, os romanos também ficaram surpreendidos. [Foto: Tiago Petinga/Lusa]
O escritor David Machado e o ilustrador Paulo Galindro andam a enviar amor por correio. Fechados em casa, durante o confinamento, resolveram escrever sobre, e para, todos aqueles que estavam nas mesmas condições. A ideia foi crescendo e transformou-se em livro. Com a ajuda de todos (o livro foi financiado por "crowdfunding") trataram de tudo: texto, ilustração, edição, comunicação, distribuição. Esta semana, o livro chegou cá a casa. Numa altura em que usamos, cada vez mais, a tecnologia para encurtar distâncias e repor afetos, os autores de "Um dia de cada vez" acrescentaram artesanato. O livro chegou, na volta do correio. Vinha autografado, dentro de um envelope escrito e ilustrado à mão. Traz ideias muito úteis, para passar o tempo em casa: "organiza uma festa com os teus amigos imaginários"; "Abre um livro. Procura a frase que se parece mais com uma porta e entra" ou "...as lágrimas podem ser úteis de várias maneiras: regar as plantas, aromatizar o chá, tirar nódoas antigas de roupa, misturar nas aguarelas". Tão bonito. Apeteceu-me chorar, porque (no fundo) sou um pragmático.
Mau aluno, calão, repetente, o Toni era dado a extremos: ora subia a estados de euforia, ora caía em profunda tristeza e depressão, a que se seguiam, muitas vezes, comportamentos agressivos. Toda a gente mantinha com ele uma relação de cordial distanciamento. Normalmente, o Toni sossegava a desenhar. E que bem que ele desenhava! Mas, normalmente, eram coisa estranhas, sinistras e assustadoras: velhos doentes, com olheiras; seres imaginários; gente sem cabeça ou sem membros; formas geométricas que se entrelaçavam com motivos naturalistas; tudo, aparentemente, sem sentido. Muitas vezes, no caminho da escola para o bairro social onde morava, o Toni entrava numa galeria de arte. Por vezes, arrastava-me com ele. E foi, assim, que eu conheci Cruzeiro Seixas, que tinha desenhos tão estranhos como os do Toni. Cruzeiro Seixas morreu, aos 99 anos. O Toni deve andar por aí. Obrigado a ambos.
Grace Jones: 35 anos de "Slave to the Rhythm", com um português a assegurar o ritmo. Foi em 1985, que o produtor Trevor Horn realizou um disco com Grace Jones, que contou com Luís Jardim, no baixo e nas percussões. Em 2004, juntaram-se, na Wembley Arena, em Londres, para celebrarem os 25 anos de carreira de Trevor e contribuírem para a "Prince's Trust" - a instituição do príncipe Carlos, que ajuda os jovens carenciados do Reino Unido. "Ladies and gentlemen, Miss Grace Jones - Slave to the Rhythm".
Depois do Ronaldo das finanças, o Mourinho das finanças. Não se sabe se Jorge Mendes esteve envolvido na transferência. Mourinho vai orientar o treino de hoje. Mourinho Félix, assume a vice-presidência do BEI - o Banco Europeu de Investimento.
[Foto: Tiago Miranda/Expresso]
Filho - O quê, o Cristiano Ronaldo está infetado?
Pai - Está, acabei de saber, e o diretor nacional da PSP também está.
Filho - E, isso, interessa?
Pai - Como assim?
Filho - Achas que a maioria dos portugueses quer saber disso?
Pai - Acho que não. Pelo menos, enquanto não lhe assaltarem a casa.
[Foto: FPF]
Luís Filipe Vieira está preocupado: com o sistema de justiça; com o funcionamento dos media; com a opinião pública; com a qualidade da democracia; com o emergência do populismo e da demagogia; com os princípios do Estado de Direito; com as conquistas de Abril. Luís Filipe Vieira é candidato à presidência. Do Benfica.
[Foto: Rodrigo Antunes - Lusa]