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Escrever a esquerda, por linhas direitas.
Esta manhã, acordei com as palavras de Donald Trump: "este é o momento do nosso país se unir, sejam republicanos ou democratas". "Muito bem", pensei. Mas, logo a seguir, Trump classificou Joe Biden (democrata) como "o pior presidente de sempre" e retomou o habitual discurso anti-imigração: "o nosso país está a ser invadido por terroristas que vêm de prisões, de países que ninguém conhece".
Os líderes populistas têm esta capacidade, rara, de unir as pessoas.
Mesmo quando vêm de países que ninguém conhece. Os Trump vêm do Reino da Baviera (depois integrado no Império Alemão, atual Alemanha ou, por extenso, República Federal da Alemanha).
Mesmo quando casam com mulheres de países que ninguém conhece. A primeira mulher, Ivana Zelníčková, veio da Morávia (antiga Checoslováquia, depois República Checa, atual Chéquia). A terceira mulher, Melania Knauss, veio da Eslovénia (antiga Federação Jugoslávia, que juntava a Eslovénia com a Croácia, a Bósnia-Herzegovina, a Macedónia do Norte, a Sérvia e o Montenegro).
Ainda aí estão? É que isto dos "países que ninguém conhece" dá uma trabalheira!
Mesmo quando, eles próprios, lidam com acusações criminais, na justiça... americana.
A Argentina tem um novo Presidente. Javier Milei tem um ar de "Nouvelle Vague" francesa, mas é da velha guarda sul-americana.
É sempre assim. Quem se lixa é o Mexilhon. Nunca é o Cameron.
O líder do PSD disse que o Orçamento do Estado é muito "pipi", muito "betinho", e toda a gente aplaudiu. Eu ainda comecei a aplaudir, mas, depois, reparei que estava de blazer e calças beges. E contive-me
"Por uma arrepiante coincidência", sublinha Isabel Allende, "os aviões sequestrados nos Estados Unidos despedaçaram-se contra os seus objectivos numa terça-feira, 11 de Setembro, exatamente o mesmo dia da semana e do mês - e quase à mesma hora da manhã - em que ocorreu o golpe militar do Chile, em 1973. Este último foi um acto terrorista orquestrado pela CIA contra uma democracia. As imagens dos edifícios a arder, do fumo, as chamas e o pânico, são semelhantes em ambos os cenários."
"E então", contou-me a minha amiga, "fomos para um hotel. Para uma daquelas coisas de cultura de empresa e liderança e espírito de equipa. Mas com aqueles termos em inglês, estás a ver?" Digo que sim, com a cabeça. "E diz-me a minha chefe: 'Tem alguma sugestão, para baixarmos os custos da empresa?' 'Tenho', disse-lhe eu, 'Que tal deixarmos de fazer estes encontros em hotéis de luxo?'. E ela 'Ai, ai, você é um ponto!'"
Arreganhei a taxa. Juro que não sei, porque é que me lembrei desta história. Juro.