Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Marcelo Rebelo de Sousa tem um problema, que pode condicionar uma recandidatura à Presidência. Escolheu um programa de entretenimento, de Daniel Oliveira, para fazer esta revelação. Se calhar, a escolha faz sentido. O Presidente da República tem um problema no coração.
O comentador Marcelo regressou à análise política. Foi ontem, à noite, na TVI. Marcelo analisou, com distanciamento, os três anos de mandato presidencial. Comentou a queda da popularidade, acima dos 80%, do Presidente. Comentou vetos e recomendações do Presidente. Comentou a forma como o Presidente esteve bem melhor do que o governo, nos incêndios de 2017. E, até, comentou a convicção de Miguel Sousa Tavares de que ele (Marcelo) será candidato à Presidência. E, no fim, o comentador Marcelo, foi comentado pelo comentador Miguel, que antes lhe estivera a pedir comentários.
A Quadratura do Círculo, da SIC, mudou de canal e de nome. Agora, chama-se a Circulatura do Quadrado. Espero que fique na TVI. Senão, ainda vamos ter "A duplicação do cubo", na RTP. Ou "A trissecção do ângulo", no Porto Canal. Eu sei que a geometria é um assunto mais sexy do que a política. Mas o nome do programa é um bocado obtuso. Que é um ângulo maior que 90° e menor que 180°. (Fotografia da Presidência da República)
"Pensem como demorou tempo e foi custoso pôr de pé uma democracia e como é fácil destruí-la", disse o Presidente da República de Portugal, no dia da tomada de posse do Presidente do Brasil.
É Presidente há dois anos. Mas, há mais de 50 que se faz à fotografia. Marcelo é um selfie made man.
Cantou-se a Grândola, em São Tomé. Faltou Relvas, para ser perfeito.
A relação, entre Eduardo Barroso e Marcelo Rebelo de Sousa, sempre foi umbilical. Até hoje, era uma maneira de dizer. Uma figura de estilo, para falar de dois amigos que se conhecem desde a creche. Mas, esta tarde, a relação, umbilical, foi consumada. Eduardo operou Marcelo, ao umbigo.
Foi surpreendente assistir às reacções do Presidente da República e dos partidos políticos (com excepção do PS) à eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo. Marcelo veio lembrar que Centeno só é presidente porque é ministro das Finanças. (Centeno sabe disso. Afinal, o Eurogrupo é o grupo onde se reúnem os ministros das Finanças da Zona Euro). O Bloco e o PCP salientaram que Centeno vai trabalhar para uma Europa que defende a austeridade e o liberalismo económico e que é o novo rosto das políticas erradas. O PSD e o CDS vieram dizer que iam estar atentos, porque não se pode ser rigoroso na Europa e desleixado em Portugal.
Portanto, os líderes Europeus, que inicialmente tiveram dúvidas em relação a Centeno, votaram na sua eleição, deram sorrisos e parabéns. Já os políticos portugueses, começaram a ter dúvidas, fecharam o rosto e resolveram lançar avisos e ameaças. Podiam, ao menos, ter disfarçado. Atualmente, há imensas soluções farmacológicas para a azia. Mas, não devia ser preciso. O sorriso de Centeno devia bastar.
E pronto, está tudo bem quando acaba em bem. O CDS censura. O PR demite. A ministra sai. Costa aceita. Passos acusa. A TV aplaude. E o país recolhe às cortes. De onde nunca se viram árvores. Muito menos, florestas.