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Desidratação

por Miguel Bastos, em 02.07.25

- Sabes? Quando está muito calor, devemos beber muitos líquidos!
- É verdade.
- Para não desidratarmos.
- Certo. Onde é que aprendeste isso?
- Na minha escola.
- Muito bem.
- Se desidratarmos ficamos doentes, não é?
- É.
- E nós não queremos ficar doentes, pois não?
- Não.
- É, por isso, que devemos beber muitos líquidos.
- Exatamente.
- Olha, dás-me "ice-tea"? Está do frigorífico.

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Blondie

por Miguel Bastos, em 01.07.25

blondie.jpg 

Debbie Harry faz 80 anos... e eu regressei aos anos 80.


007, ABBA, Agua Brava, Água Viva, Airfix, Alsa, Barra, Bee Gees, Berros e Bocas, Bien-être, Blondie, Bravo, Boca Doce, Bombocas, Brut, Caminho das Estrelas, Capri-Sonne, Casal, Casio, Cassetes, Citroën GS, Crónica Feminina, Da Vinci, Dallas, Dancin Days, Desportex, Discos Pedidos, Discoteca, Doce, Duran Duran, Ennid Blyton, Fá, Festival da Canção, Fittipaldi, Flash Gordon, Flippers, Frenéticas, Ford Capri, Galactica, Gitanes, Herman José, Heróis do Mar, Homem-Aranha, Human League, Jáfu'mega, Jogos sem Fronteiras, John Player Special, Júlio Isidro, Júlio Verne, Kalkitos, Kim Wilde, Kispo, Le Coq Sportif, Lena d'Água, Lin Chung, Lois, Lucky Luke, Magos, Mako Jeans, Major Alvega, Majora, Majorette, Martini, Michel Vaillan, Molotof, Monopólio, Música e Som, Nestum, Nívea, Olá, Old Spice, Orbita, Ópera Nova, Parodiantes de Lisboa, Passeio dos Alegres, Police, Rádio Comercial, Raposeira, Raul Solnado, Regina, Riamar, Ricard, Rock em Stock, Rui Veloso, Sandokan, Sanjo, SG Filtro, Sheena Easton, SIS Sachs, Ski, Snack-bar, Spandau Ballet, Super-homem, Tahiti Douche, Táxi, Telefone, Tintin, Trinaranjus, UHF, UMM, Verão Azul, Vivá Música, Viva o Gordo, Windsurf, Yoplait.

https://www.rtp.pt/play/p15189/e861045/debbie-harry

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Camisola da rádio

por Miguel Bastos, em 30.06.25

camisola.jpg 

- Gostaste da camisola que te comprei?
- Gostei, claro.
- Com essa onda e tal, pareceu-me tão rádio.
- E é. Obrigado.
- Vais vesti-la?
- Já a vesti.
- A sério? Não sabia se achavas adequada para levar para a rádio.
- Vestir a camisola da rádio, é sempre adequado.

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Não gostava de fado

por Miguel Bastos, em 26.06.25

camane.jpg 

Como a maioria dos jovens da sua geração, José Mário Branco não gostava de fado. Era uma questão de idade mas, também, de orientação ideológica. O fado era visto como coisa antiga, bolorenta, salazarenta. Mais tarde, (ó ironia!) José Mário tornou-se um dos nomes mais importantes do fado: primeiro, com Carlos do Carmo; depois, com Camané. Escreveu letras, melodias e arranjos, produziu discos. Camané lembra que produziu todos os seus discos e só deixou de produzir porque a morte (velhaca, como sempre) o levou. Esta homenagem é (obviamente) mais do que merecida. Mas é (sobretudo) muito bonita. Obrigado, a ambos.

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O senhor doutor

por Miguel Bastos, em 24.06.25

quadros.jpg 

"O senhor doutor tem tanto para fazer e anda aqui a perder tempo connosco". A tia estava incomodada. Tinha vindo trazer um leitão ao senhor doutor - para agradecer "por tudo" - e, agora, o senhor doutor agradecia o agradecimento, perdendo tempo connosco. Passeava pelas ruas, apontava estátuas, descrevia igrejas e museus, entrava em lojas de quadros. "Oh, senhor doutor!" De nada serviam as nossas explicações: que o "senhor doutor" era de história e gostava de museus, que era das artes e gostava de lojas de quadros. Em vão. A tia podia não perceber muito de história - nem de quadros, nem de estátuas, bem de livros - mas percebia de trabalho (oh, se percebia!) e aquilo não era trabalho. E, certamente, que o senhor doutor ("Não lhe chamem 'Manel', meninos, tenham respeito!") precisa de trabalhar, que ninguém chega a doutor sem trabalhar muito, sem queimar as pestanas. De modo que seguimos o passo estugado, da tia, e deixámos o doutor, apeado, a encolher os ombros e a piscar os olhos. Acho que o senhor doutor não percebeu a tia. Voltei paras trás, para lhe explicar, mas continuou sem perceber. Acho que vou ter que lhe fazer um desenho, que o doutor é das artes.

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Evitar a guerra

por Miguel Bastos, em 23.06.25

No livro “A Cegueira do Rio”, um conjunto de personagens tenta evitar o início da guerra, a todo o custo. Mia Couto coloca-nos em 1914, mas sabemos que podia ser hoje: o mundo ou está em guerra, ou está à beira dela. Acabo de ler o livro, começa mais uma guerra e volto ao princípio. Escreve o autor: “Para os europeus, o Rovuma era uma fronteira separando a ‘África Oriental Portuguesa', da ‘África Oriental Alemã’. Para os africanos, o rio era uma mulher que engravidava com as grandes chuvas”.

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Próstata

por Miguel Bastos, em 20.06.25

- Bons olhos o vejam!
- Pois, não tenho aparecido.
- Até já tinha perguntado, aqui no café, se estava doente.
- Tive uma coisa da idade.
- Então?...
- Um problemazito com a próstata, mas já fui operado.
- Ahhh, então está explicado. E, agora, está tudo ok?
- Estou impecável. Até estou mais novo.
- Ai, sim?
- É, fiz uma operação plástica.
- A sério? Onde?
- À cabeça.
- À cabeça?
- Sim, uma circuncisão. Impecável.

Não há nada como almoçar fora.

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Duas vidas

por Miguel Bastos, em 15.06.25

António Pinho Vargas.jpg 

"Sabe, eu tive duas vidas", disse-me, recentemente, António Pinho Vargas. Referia-se à sua carreira na música popular (jazz e rock) e, depois, na música erudita. Mas, a verdade é que, também, teve uma segunda vida, depois de uma doença o ter levado a pensar que a sua vida estava a terminar. Mas a vida continuou, felizmente. Continua, aliás. António Pinho Vargas escreveu "Oscuro" - uma obra escrita nesse tempo escuro que, agora, chega a disco.
 

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10 de Junho

por Miguel Bastos, em 11.06.25

Uma cerimónia de família afastou-me, ontem, da cerimónia do 10 de Junho. Ouvi, com atraso, o discurso do "aqui ninguém tem sangue puro", de Lídia Jorge. Belíssimo discurso. Infelizmente, a seguir, tive de ouvir o "vai para a tua terra", na cerimónia aos antigos combatentes - com direito a saudação nazi - e a notícia da agressão ao ator Adérito Lopes, à porta do teatro A Barraca, por um grupo de "portuguezes" com z. "Ninguém tem sangue puro". Ninguém. Muito menos quem tem sangue nas mãos.

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