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Elis Regina faria, hoje, 80 anos. Faria, mas não fez. Morreu, muito jovem, em 1982. Tinha 36 anos. Em 74, tinha 28 e já era uma das cantoras mais populares do Brasil. Mas faltava-lhe prestígio. A geração anterior, da bossa nova, questionava-lhe o gosto. A nova geração, do tropicalismo, também. Era recíproco. Elis duvidara do valor da bossa, rejeitara o rock e questionara a introdução de instrumentos elétricos na música popular brasileira.
Daí a surpresa. Quando fez 10 anos de contrato com a PolyGram, a editora perguntou a Elis o que que é que gostaria de receber de presente. A cantora pediu um disco com Tom Jobim e foi para os Estados Unidos, gravar com o mestre. O encontro foi difícil. Os egos chocaram de frente e o disco esteve para não acontecer. Felizmente, aconteceu. E o que começou mal - e tinha tudo para acabar mal - acabou bem. Tão bem, que "Elis e Tom" é uma obra-prima.