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Depois um longa ausência, António Pinho Vargas vai-se sentar ao piano para tocar "Tom Waits".
Pergunto-lhe porquê. Responde-me, com aparente modéstia: "porque é uma música que eu posso tocar". E, depois, sem réstia dela: "quero tocar essa música, é muito bonita". Pois é. É mesmo.
Para ouvir, aqui:
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/antonio-pinho-vargas-vai-ser-homenageado-no-porto_a1643992
Queridos amigos. Não se esqueçam que amanhã é um dia especial. Pronto, já avisei. Não precisam de agradecer. Enfim, sou mais que vosso pai.
Elis Regina faria, hoje, 80 anos. Faria, mas não fez. Morreu, muito jovem, em 1982. Tinha 36 anos. Em 74, tinha 28 e já era uma das cantoras mais populares do Brasil. Mas faltava-lhe prestígio. A geração anterior, da bossa nova, questionava-lhe o gosto. A nova geração, do tropicalismo, também. Era recíproco. Elis duvidara do valor da bossa, rejeitara o rock e questionara a introdução de instrumentos elétricos na música popular brasileira.
Daí a surpresa. Quando fez 10 anos de contrato com a PolyGram, a editora perguntou a Elis o que que é que gostaria de receber de presente. A cantora pediu um disco com Tom Jobim e foi para os Estados Unidos, gravar com o mestre. O encontro foi difícil. Os egos chocaram de frente e o disco esteve para não acontecer. Felizmente, aconteceu. E o que começou mal - e tinha tudo para acabar mal - acabou bem. Tão bem, que "Elis e Tom" é uma obra-prima.
Camilo faz 200 anos e permanece moderno. A sua vida dava vários filmes. Escreveu-a, em mais de 140 livros.