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"Gostava muito de ir a África. Deve ser um país muito interessante". A afirmação foi atribuída a uma "starlet" americana: jovem, rica e loira. Não façam pouco. Há muito europeus a pensar a Europa, de forma semelhante. Alguns são políticos, académicos, comentadores, jornalistas. Queixam-se que "a Europa não decide"; "a Europa não domina"; "a Europa não manda". Esquecem-se que a Europa não é um país: são 27 países da União Europeia e os outros todos. E há uns que, estando dentro, gostariam de estar fora. Comparam a Europa com a América ou com a China e adivinhem quem ganha? Ponham 27 Trumps a falar entre si, em não-sei-quantas-línguas diferentes, e registem o tempo de decisão. Sabe sempre bem, dar uns tiros na União Europeia. Há sempre gente, à volta do gatilho. Uma estranha união dos que estão fora e dos que estão dentro. E entre os que estão dentro: uns são a favor do projeto europeu; outros são críticos do projeto europeu e outros, ainda, contra o projeto europeu. A União Europeia pode e deve ter sentido crítico, autocrítico. Mas, fazer "Tiro ao Álvaro" não é só um "tiro no pé". É correr o risco de "perder a mão".