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O Rouxinol

por Miguel Bastos, em 31.10.24

mai rouxi.jpg 

No final do século XIX, os artistas europeus andavam fascinados com o oriente: poetas, pintores, compositores como Debussy ou Puccini ou escritores como Hans Christian Andersen que, em 1843, escreveu “O Rouxinol e o Imperador da China". Foi a partir desse conto, que Sérgio Azevedo criou (música e libreto) a ópera que está em palco, no Teatro Nacional São João, no Porto.
Estamos no século XXI e o oriente ainda nos deixa de boca aberta.

Para ouvir, aqui:
 
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/opera-infantil-o-rouxinol-sobe-ao-palco-do-teatro-nacional-sao-joao_a1611690
 
 
 

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Superintendente

por Miguel Bastos, em 30.10.24

- Percebes alguma coisa de hierarquia policial?
- Mais ou menos, porquê?
- Queria saber a diferença entre "Intendente" e "Superintendente".
- Pelo nome, eu diria que "Superintendente" é um "Intendente" com capa e com as cuecas por fora das calças.

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Rotações

por Miguel Bastos, em 28.10.24

IMG_1097.jpeg

"Esse disco está a 33 rotações! É de propósito?", perguntei. "É", respondeu-me o Zé Rui. E depois, com um ar professoral, explicou-me "os LP rodam a 33 rotações. Os singles e os maxis é que são a 45". "Pois, mas esse é diferente", insisti eu, "esse toca a 45". O Zé Rui olhou para mim desconfiado e, uns minutos depois de o ter passado na rádio a 33, ouve, em pré-escuta, o disco na rotação que lhe indiquei. Olha para mim com um ar maravilhado: "Uau, que diferença".
Em "Victorialand", os Cocteau Twins prescindem, praticamente, dos sons de bateria e, como habitualmente, a voz de Elizabeth Fraser exala sons que não permitem o reconhecimento de palavras. Por isso, não admira que o Zé Rui não se tivesse apercebido que o disco estivesse na rotação errada. É o disco mais onírico, o mais poético, o mais etéreo dos Cocteau Twins. É o meu preferido. E do Zé Rui, que, na altura, me agradeceu o disco novo. Ouvi-o, esta manhã, na rotação certa. E, ainda, é novo.

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Bravo!

por Miguel Bastos, em 25.10.24

CC PAREDES MIGUEL BASTOS.jpg 

Havia muitas coisas para fazer. A chegada do saneamento, da eletricidade e das estradas - a várias zonas do país - era notícia de primeira página e de abertura de noticiários. Só mais tarde, começámos a perder a contas aos IPs e ICs e às autoestradas. Entretanto (e bem), o país começou a pensar nos espaços culturais: recuperaram-se os teatro municipais (onde existiam) e começaram-se a fazer novos espaços de raiz. Paralelamente, foi-se apostando no ensino artístico - considerado fundamental para o desenvolvimento pessoal dos mais novos, para o aparecimento de novos artistas e para a criação de novos públicos.
Amanhã, vai ser inaugurado o novo Centro Cultural de Paredes, no distrito do Porto. O Centro, construído a partir de uma antiga adega cooperativa, vai receber a Orquestra Gulbenkian, com um solista natural de Paredes, antigo bolseiro da Fundação e que, atualmente, é Primeiro Clarinete da Orquestra Nacional e França. Bravo!
 
Para ouvir aqui:
 

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/centro-cultural-de-paredes-abre-portas-com-a-orquestra-gulbenkian_a1610281

 

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Kafkiano

por Miguel Bastos, em 24.10.24

kafka processo filme.jpg 

Como colocar o génio de Kafka, numa peça de minuto e meio?
Tarefa difícil. Mesmo assim, resolvi complicar a receita. Juntei uma vice-reitora, um professor de direito, um jornalista, cinco encenadores e uma obra-prima do cinema. Mexi bem e servi. Kafkiano, dizem.
Para ouvir aqui:

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O rio

por Miguel Bastos, em 23.10.24

rio ria.jpg  

O rio, a chegar à ria.

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Trânsito na VCI

por Miguel Bastos, em 21.10.24

Olá jovem, fresca e loura, que me apita na via rápida. Eu sei que a sua vida é sempre a abrir e que não tem um minuto a perder. Eu sei que acha que eu não devo andar a 80 km, na faixa da esquerda. Mas, não me leve a mal - jovem apitadora - você é que está lenta. Ainda está a acelerar e eu já estou a abrandar. O trânsito, diz a rádio, está lento no sentido Arrábida-Freixo e está parado no sentido contrário. Enfim, coisas que o seu "streaming" da treta não lhe diz, porque vive numa aldeia global e não liga ao trânsito local. Olhe, agora o trânsito também está parado deste lado. Vê? Parece que adivinhei! Mas você ainda não deve ter reparado, porque continua com a mão no "claxon". Ora aí está uma expressão que as pessoas mais lentas e antigas usavam: "carrega no claxon", "bota a mão no claxon". Já agora, não me leve a mal, mas essa música "pop-chula, pop-chula, yeah yeah!" é de fugir. Se quiser, posso-lhe cantar uma modinha antiga, que eu acabei de adaptar. Diz assim: "Tira a mãozinha daí, que a VCI não é p'ra ti". Vai ver que fica no ouvido! Se quiser, pode-lhe juntar uma batida moderna. E, da maneira como você conduz, vai arranjar uma batida rapidamente.

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Pedro Burmester

por Miguel Bastos, em 18.10.24

Pedro Burmester ©Adriana Romero.jpg 

Porque é que Pedro Burmester resolveu voltar a gravar as Variações Golberg, de Bach? O pianista tinha-as gravado, há mais de 30 anos. Resolvi perguntar-lhe. Não foi bem uma entrevista. Foi uma "flash interview", com um jogador em plena forma. Espero que se note a boa forma, no "sprint" de minuto e meio que aqui vos deixo.

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/pedro-burmester-com-as-variacoes-goldberg-ao-vivo-no-porto_a1608451

 

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Skármeta - o carteiro de Neruda

por Miguel Bastos, em 16.10.24

neruda.jpg 

Morreu Antonio Skármeta, o escritor que deu origem ao filme 'O Carteiro de Pablo Neruda'. Cheguei até ele, por causa do filme. E, no entanto, o filme só me chegou no fim. No princípio, não foi o verbo, foi o bandoneón. Entrei na discoteca e abri os ouvidos de espanto. Que som era aquele? "Piazzolla?", perguntei. "Não", respondeu-me a voz amiga, atrás do balcão, "é a banda sonora de 'O Carteiro de Pablo Neruda'". A música, descobri a seguir, era de um compositor chamado Luis Bacalov. Um argentino, com um talento especial para bandas sonoras, que associei de imediato aos italianos Ennio Morricone ou Nino Rota. Fazia sentido, já que a ação decorria em Itália. Trouxe o disco que, para além da música propriamente dita, tinha a poesia de Neruda dita por atores como Glenn Close, William Dafoe ou Samuel L. Jackson, e cantores como Sting e Madonna. A "culpada" terá sido Julia Roberts, que insistiu em gravar (e gravou!) alguns poemas do chileno. Seguiram-se vários outros. Depois de o trazer para casa, comecei a levar o disco para a rádio. Passeava-o com Piazzolla, Danças Ocultas, Rodrigo Leão - música mais próxima da música de Bacalov - mas também dos Air ou dos Massive Attack. E, depois, veio a poesia de Neruda e o livro de Skármeta ('Ardente Paciência') que me levou a imaginar o filme, vezes sem conta. De tal forma que, quando, finalmente, cheguei ao filme (só o vi há meia dúzia de anos) foi-me difícil acreditar que nunca o tinha visto antes.
António Skármeta era chileno, como Neruda. Foi exilado, como Neruda. Diplomata, como Neruda. Foi amigo de Neruda. Deu-nos Neruda. Viveu mais anos que Neruda. Morreu, ontem, aos 83 anos.

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Dores

por Miguel Bastos, em 15.10.24

CEDROS.jpg 

- Bom dia, Sr. Fernandes! Precisava que me desse um jeito a estes cedros.
- Bom dia , Doutor! Também precisava da sua ajuda.
- Ai, sim?
- Sim. Ando, aqui, com um problema nas costas...
- Mas eu não sou médico!
- Não?!
- Não, sou economista.
- Mesmo assim, pode ajudar-me.
- Posso?
- Ando, aqui, com um problema na carteira...

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