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- Percebes alguma coisa de hierarquia policial?
- Mais ou menos, porquê?
- Queria saber a diferença entre "Intendente" e "Superintendente".
- Pelo nome, eu diria que "Superintendente" é um "Intendente" com capa e com as cuecas por fora das calças.
"Esse disco está a 33 rotações! É de propósito?", perguntei. "É", respondeu-me o Zé Rui. E depois, com um ar professoral, explicou-me "os LP rodam a 33 rotações. Os singles e os maxis é que são a 45". "Pois, mas esse é diferente", insisti eu, "esse toca a 45". O Zé Rui olhou para mim desconfiado e, uns minutos depois de o ter passado na rádio a 33, ouve, em pré-escuta, o disco na rotação que lhe indiquei. Olha para mim com um ar maravilhado: "Uau, que diferença".
Em "Victorialand", os Cocteau Twins prescindem, praticamente, dos sons de bateria e, como habitualmente, a voz de Elizabeth Fraser exala sons que não permitem o reconhecimento de palavras. Por isso, não admira que o Zé Rui não se tivesse apercebido que o disco estivesse na rotação errada. É o disco mais onírico, o mais poético, o mais etéreo dos Cocteau Twins. É o meu preferido. E do Zé Rui, que, na altura, me agradeceu o disco novo. Ouvi-o, esta manhã, na rotação certa. E, ainda, é novo.
Olá jovem, fresca e loura, que me apita na via rápida. Eu sei que a sua vida é sempre a abrir e que não tem um minuto a perder. Eu sei que acha que eu não devo andar a 80 km, na faixa da esquerda. Mas, não me leve a mal - jovem apitadora - você é que está lenta. Ainda está a acelerar e eu já estou a abrandar. O trânsito, diz a rádio, está lento no sentido Arrábida-Freixo e está parado no sentido contrário. Enfim, coisas que o seu "streaming" da treta não lhe diz, porque vive numa aldeia global e não liga ao trânsito local. Olhe, agora o trânsito também está parado deste lado. Vê? Parece que adivinhei! Mas você ainda não deve ter reparado, porque continua com a mão no "claxon". Ora aí está uma expressão que as pessoas mais lentas e antigas usavam: "carrega no claxon", "bota a mão no claxon". Já agora, não me leve a mal, mas essa música "pop-chula, pop-chula, yeah yeah!" é de fugir. Se quiser, posso-lhe cantar uma modinha antiga, que eu acabei de adaptar. Diz assim: "Tira a mãozinha daí, que a VCI não é p'ra ti". Vai ver que fica no ouvido! Se quiser, pode-lhe juntar uma batida moderna. E, da maneira como você conduz, vai arranjar uma batida rapidamente.
Porque é que Pedro Burmester resolveu voltar a gravar as Variações Golberg, de Bach? O pianista tinha-as gravado, há mais de 30 anos. Resolvi perguntar-lhe. Não foi bem uma entrevista. Foi uma "flash interview", com um jogador em plena forma. Espero que se note a boa forma, no "sprint" de minuto e meio que aqui vos deixo.