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Quem?

por Miguel Bastos, em 28.11.23

- Esta semana, vamos ter os GNR no programa.
- Quem?
- GNR. Sabes quem são?
- A Polícia de Segurança Pública?!
- Não. Eu estava a falar da banda. Não conheces?
- Não. Eu não sou muito de bandas.
 
Eu, pelos vistos, também não. Destas bandas, pelo menos.

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Godinho no mundo

por Miguel Bastos, em 26.11.23

godinho.jpeg  

É, acho que começo a gostar desse tal de Godinho.

 

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Dois cantos

por Miguel Bastos, em 25.11.23

godinho.jpeg 

Ainda a propósito da genialidade do vídeo de homenagem ao Sérgio Godinho.

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O primeiro dia

por Miguel Bastos, em 24.11.23

"Homenagear os mortos e cuidar dos vivos" é uma frase batida.
Que não se espere pela morte, para a homenagem devida.
(Viram? Rimei!)
Um momento terno, que o Sérgio é eterno.

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Spoiling

por Miguel Bastos, em 22.11.23

loura.jpg 

- Eu não quero fazer fazer "spoiling", mas podes-nos contar mais um bocadinho da história? - perguntou a jovem entrevistadora.
- Bem, - respondeu a jovem atriz - penso que muita gente já conhece a história...
- Ai, sim?!
- Sim, afinal baseia-se num conto de Eça de Queirós.
- Ahh, não tinha realizado.

"Pois não", pensei eu com os meus botões, "por isso é que o Manoel de Oliveira resolveu arriscar".
Já agora, uma das melhores formas de evitar o "spoiling" é apostar no "reading". Estão a realizar? 

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Nouvelle Vague?

por Miguel Bastos, em 21.11.23

milei.jpg 

A Argentina tem um novo Presidente. Javier Milei tem um ar de "Nouvelle Vague" francesa, mas é da velha guarda sul-americana.

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Sara Tavares

por Miguel Bastos, em 19.11.23

sara.jpeg 

A viagem, de regresso à consciência, foi lenta e dolorosa. Primeiro, ruídos que, afinal, eram vozes. Depois, melodias de vozes, ainda sem palavras. De seguida, palavras desconexas, sem significado. E, finalmente, começaram-me a chegar palavras, palavras mesmo, que eu juntava em frases, mentalmente, dando-lhes sentido. Sara Tavares. Falavam de Sara Tavares. Uma das enfermeiras tinha ido vê-la, ao vivo, e apercebe-se do meu interesses na conversa. "Gosta da Sara Tavares, Miguel?" Digo que sim, com a cabeça. "Já a viu, ao vivo?" Volto a dizer que sim. "Ela é extraordinária". "As pessoas continuam a pensar na Whitney Houston e no Festival da Canção, mas ela está noutra fase. Sentada, com a sua viola, a cantar em criolo..." Sorrio. "Que pena não termos aqui a música dela, senão ouvíamos os dois". Voltei a sorrir. Sentia, de resto, que a vida começava a sorrir-me de novo.

Regressei a casa, depois de quase um mês no hospital. Ouvi Sara Tavares. A cantora que passei a associar ao meu caminho de regresso à vida. Custa-me aceitar que ela, hoje, fez o caminho, na direção contrária.

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Acidente de rádio

por Miguel Bastos, em 16.11.23

onda curta.jpg 

Depois de um chorrilho de insultos, ainda ouvi as palavras "traidores" e "corruptos", já em "fade", com a voz do moderador (será que moderou?) a sobrepor-se, para anunciar o fim do debate. Fique aliviado por ter chegado no fim. Mas, eis que, depois de um "jingle" de estação e um bloco publicitário, anuncia-se um espaço de opinião. Entra uma batida "hip-hop" e uma voz coloquial pergunta "o que é que nos trazes hoje?" e o "opinador" começa a desenrolar um discurso contra o oportunismo, o socialismo, o chavismo, e volto a ouvir as palavras "traição" e "corrupção" e um locutor / jornalista a anunciar que "vale a pena ouvir as pessoas na rua" e ouvem-se palavras de ordem (ou serão de desordem?) e regressa a conversa informal com o "opinador" que traz mais acusações ao som de batidas "hip-hop". E, depois, novos "jingles", e "spots" e, agora, "a história de uma mulher que foi morta, assassinada, à porta de casa". E segue-se uma descrição pormenorizada, com um "jornalista criminal" ao telefone: a senhora teria mais de 60 anos e uma relação sentimental com o assassino, e estaria a recuperar de uma operação, e o agressor encostou-lhe uma arma na nuca, e ele descreve a arma do agressor, e o local onde a bala terá entrado, e como o sangue escorreu sobre os corpos dos dois. "Que horror!", exclama o locutor / jornalista. E a rádio, dinâmica, passa para outros sons das manifestações, intercaladas com vozes que me parecem ser de políticos (em assembleia, em entrevistas, em comícios), e palavras de ordem ("crime", "justiça", "corrupção", "política") - desta vez na voz colocada de um locutor. E, depois, entra mais um "opinador" que resolveu falar diretamente para mim "Escuta, se tu queres...". Mas eu - esperto - desliguei-lhe o rádio na cara.
 
Chego a casa, depois de uma passagem, não programada, pela Onda Curta - há muito abandonada em Portugal. E, ainda, não estou em mim.

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Quem se lixa...

por Miguel Bastos, em 13.11.23

cameron.JPG 

É sempre assim. Quem se lixa é o Mexilhon. Nunca é o Cameron.

Felizmente, é no Reino Unido. Por cá, está tudo calmo.

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Anarquia! Anarquia!

por Miguel Bastos, em 08.11.23

COSTA DEMISSÃO.jpg 

- É verdade que o primeiro-ministro se demitiu, pai?
- É.
- Uau, já não temos chefe. Anarquia! Anarquia!
- Qual anarquia?! Para já, continua tudo igual.
- Com aulas e tudo?
- Claro! Não é feriado, nem passámos a ser uma anarquia.
- Estás a ouvir, mano? Eu tinha-te dito...

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