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Eurovisão. Portanto, segundo percebi, há muita gente que acha a canção que ganhou é um plágio de um tema dos ABBA. Meus amigos, passei o fim de semana a investigar e descobri que as músicas dos ABBA já eram plágios de um tal de Benny Andersson - um obscuro pianista, que costuma gravar para a Deutsche Grammophon. Se aquilo não é plágio, não sei o que é um plágio. Esta investigação foi de tal forma absorvente, que acabei por não acompanhar, com a devida atenção, as semifinais da Turquia. No entanto, e acordo com as minhas fontes, o que ficou em segundo lugar sempre é melhor que o da Finlândia.
Canção dos ABBA aqui:
É claro que não está em causa a liberdade de cada cidadão. Apenas não se pode fumar nem dentro, nem à porta, nem ao ar livre. De resto, pode-se fumar onde se quiser. Mas, tudo isto é transitório, porque vamos criar uma geração sem tabaco, até 2040. As experiências estão a correr bem. Estamos só a acabar os laboratórios.
Ninguém fugiu à classificação, para descrever Rita Lee. Parecendo muito, pareceu-me pouco. Lembrei-me de Caetano Veloso e da sua resistência inicial ao rock, ainda nos anos 50. Comparando com a riqueza da música brasileira, o rock pareceu-lhe coisa pouca. Tão demasiado simples - nos ritmos, nas melodias, nas harmonias - que lhe pareceu simplório. A rebeldia também não o seduziu. Eram, apenas, meninos ricos, de um país rico, armados em rebeldes. Mudou de opinião, com a chegada dos Beatles e dos Stones. De seguida, acolheu o rock, no tropicalismo - movimento que inventou com a sua tribo de baianos (Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé) e, ainda, Nara Leão e Os Mutantes. Os Mutantes (estive a ouvi-los, esta manhã, e senti a estranheza de sempre) eram a banda de uma jovem, muito jovem, Rita Lee. Os tropicalistas juntavam a MPB - que já abarcava vários estilos - com poesia de vanguarda, cultura pop e rock psicadélico. Voltei ao (precioso) livro de Caetano, "Verdade Tropical". Escreve Caetano: "Depois que voltei de Londres, nos anos 70, Rita Lee se tornou, com um trabalho de excelente qualidade e grande sucesso, a roqueira-mor do Brasil." Mais à frente lamenta: "Mas a própria Rita (...) trazia de volta a divisão entre MPB e rock que o tropicalismo tentara superar." A verdade é que Rita gostava mesmo de rock. No entanto, quando carregava no rock, eu pensava "que pena". Uma cantora, compositora, letrista, cheia de Brasil, que, às vezes soava "apenas" a mais uma roqueira - como tantas outras, espalhadas pelo mundo. Mas Rita era um mundo. E era, ao mesmo tempo, profundamente brasileira. Talvez por isso, em Portugal - onde se ouve pouco ou nenhum rock brasileiro - Rita tenha sido, sempre, uma exceção. Mais que rainha, mais que rock, mais que brasileiram, Rita foi única. Foi Rita.
Desculpe o auê. Não tem de quê. A Rita que eu Lee. E tanto ouvi.
O Portugalex faz 17 anos. A minha primeira reação foi "Uau, incrível"! A segunda foi "Credo, para o ano faz 18 anos! Será que vai ganhar juízo?" Espero que não. Aqui estão eles a celebrar, com humor e inteligência. Mas, também, com uma inquietação: "Fizemos coisas, há 17 anos, que, hoje, não seriam possíveis", diz a Patrícia Castanheira. O riso continua a ser considerado perigoso, não é William de Baskerville?
Para ouvir aqui:
https://antena1.rtp.pt/video/equipa-do-portugalex-festeja-aniversario-na-antena-1/
Ai, o tempo passa a correr! Parece que ainda ontem era Natal e amanhã já é Dia de Reis.
Não é tarde, nem é cedo. É às oito, em Belém. O presidente vai falar ao país.