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António, António!

por Miguel Bastos, em 31.03.22

- António, ouve o que eu te digo, António!
- Estou a ouvir.
- Não sais daí, António, antes de acabares as tuas obrigações.
- Eu sei, fui eu que te disse que tinha trabalhos para fazer.
- Pois, António, mas eu sei como é que tu és...
- Não percebo.
- fazes tudo à pressa, só para saíres mais cedo.
- A sério!
- Ouve o que eu te digo, António, ficas aí até ao fim!

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Roupa suja

por Miguel Bastos, em 30.03.22

roupa suja.jpg

Não gosto de pessoas que vêm para aqui lavar roupa suja. Mas, enfim, eu ando com a autoestima em baixo.

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A Guerra na Ucrânia

por Miguel Bastos, em 29.03.22

ucrania.jpg

- Estás a ler um livro sobre a guerra da Ucrânia?
- Estou.
- A sério, já há livros sobre a guerra na Ucrânia?
- Já, mas não é bem sobre esta guerra.
- É sobre a 2.ª Guerra Mundial?
- Também não. É da altura em que a Rússia invadiu a Crimeia, que é uma região...
- Eu sei onde é.
- Estou a ver, tu sabes muitas coisas.
- O Putin está a tentar refazer a União Soviética, não é?
Nuno, 9 anos de sabedoria. Estudante (de Ciência Política ou Relações Internacionais, presumo).

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Xeque

por Miguel Bastos, em 28.03.22

xadrez.jpg

- Pai, não vai perguntar como é que correram a aulas?

- Vou. Como é que correram?

- Correram bem, sobretudo a aula de xadrez.

- Que bom! - Não queres saber porquê?

- Claro que sim. Porquê

- Porque o professor faltou.

- Ahhh...

- Ai, credo, eu sou tão engraçado!

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Charles Michael

por Miguel Bastos, em 24.03.22

charles michel.jpg

O Charles Michael foi reeleito presidente do Conselho Europeu. Fico muito contente. Gosto dele. Desde o tempo dos Wham!

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Dois melómanos

por Miguel Bastos, em 24.03.22
pedro adão e silva.jpg
- Se bem percebi, vai ver os Divine Comedy.
- Vou, hoje à noite.
- Eu vou vê-los amanhã, em Lisboa.
- "Vê-lo". Vai ser um concerto de voz e piano.
- Ai, sim? Não sabia. O que é que achou dos últimos discos?
- Menos bons.
- Para mim, o "Victory For The Comic Muse" foi uma deceção.
- Também achei. Mesmo assim, tem o ...
- "A Lady Of A Certain Age"
- Exato, uma obra-prima.
- Isto, hoje, foi um bocado chato. Não achou?
- Um bocadinho técnico, mas...
- Mas já valeu a pena, para falar um bocadinho de música.
Dois melómanos, à conversa. Um deles, acaba de ser nomeado ministro da Cultura.
 
Canção aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7e7tWw00FoM

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Conquistas de Abril

por Miguel Bastos, em 23.03.22

filhos da madrugada.jpg

Há uns dois ou três anos, andou por aí uma polémica sobre um jovem que aguardava financiamento para fazer um doutoramento. Ao que parece, o jovem era bom aluno, o trabalho seria interessante, o orientador competente e a faculdade que o aguardava era de fama internacional. O jovem é uma figura pública, tornou a sua situação pública e obteve tempo de antena nos media e nas redes sociais. E parece que, na falta de financiamento público teve ajuda, pública, de financiamentos privados. Para mim, a situação foi confrangedora. Porque existem centenas de jovens como este, com a vida empatada, por atrasos em concursos públicos. Porque é que este caso foi tão falado? Porque veio de alguém, com acesso aos media e aos espaços de opinião. Gastamos muito tempo a falar das diferenças entre esquerda e direita (que existem e devem ser discutidas), mas guardamos pouco tempo para discutir as diferenças entre ser de "cima ou de baixo".

Acabar com as diferenças entre "os de cima e os de baixo" tem sido uma das maiores conquistas de Abril. É pena que alguns defensores de Abril se esqueçam disso. Foi por isso que eu gostei tanto do livro "Os filhos da madrugada", de Anabela Mota Ribeiro. Mostra um país de gente jovem, culta, inteligente, talentosa: escritores, artistas, políticos, empresários, cientistas. Muitos deles, vêm de meios humildes, marcados pela pobreza e pelo analfabetismo. É o país do "Eu vim de longe" do José Mário Branco, do "o que eu andei p'raqui chegar". É o país que chegou aqui, felizmente. Mas que continua a ter muito para andar, felizmente.

Amanhã, na RTP,  Anabela Mota Ribeira estreia uma nova série do programa "Os filhos da madrugada". Amanhã, será o primeiro dia em que haverá mais dias de democracia do que de ditadura. Amanhã, será um bom dia para celebrar Abril. Será mais um dia, mas não será um dia a mais. Todos os dias contam. Todas as pessoas contam.

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Rebaixas

por Miguel Bastos, em 22.03.22

O preço dos combustíveis baixou. Ontem, ainda resisti. Hoje, não deu. Fui encher o depósito. Gastei pouco mais de 100 euros. Eu sou assim, adoro poupar!

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A morte do agente da PSP

por Miguel Bastos, em 21.03.22

Morreu o agente da PSP que foi agredido, à porta de uma discoteca, em Lisboa. Para contextualizar: este fim de semana, houve confrontos violentos à porta de uma discoteca. Quatro polícias tentaram a acalmar a situação, mas, apesar de se terem identificados como polícias, acabaram, também, por ser agredidos e levados para o hospital. De seguida, soubemos que há dois fuzileiros suspeitos de fazerem parte do grupo de agressores. Poderemos ter um caso, grave, de militares (altamente especializados) a agredir polícias. O que levanta inúmeras questões. Entretanto, um dos polícias acabou por morrer. Se fosse um polícia a agredir um cidadão comum, ou se fosse um cidadão comum a agredir um polícia, era relativamente fácil antever a reação de certos partidos políticos ou organizações. Assim, é mais difícil. O que me leva à convicção de que é mais fácil defender barricadas e trincheiras do que pessoas, seres humanos, cidadãos. E, sim, também estou a pensar na Ucrânia.

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Vida normal

por Miguel Bastos, em 21.03.22

mosca.jpg

Nos tempos mais críticos da pandemia (que, convém lembrar, continua por aí) abusámos dos clichés: "eramos felizes e não sabíamos", "vai ficar tudo bem", "o novo normal", "vamos sair melhores da pandemia". O tempo limpa a memória e guardamos, invariavelmente, a parte melhor. Ouçamos "A mosca", que sintetiza o desejo de regressar à "vida normal" em, apenas, 30 segundos. Depois, como diria o escritor Mário de Carvalho, "Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto".

(para ouvir "A mosca" basta clicar na imagem)

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