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Melhor do que pobre e feio, é ser bonito e rico. É o caso de David Walliams, famoso pelos namoros com modelos, pelos programas de talentos, pelas revistas sociais. David é uma espécie de Ricardo Araújo Pereira: só que mais rico, mais elegante, mais famoso, mais popular, mais talentoso. O comediante genial de "Little Britain" é, também, um escritor de livros infantojuvenis. E é nessa qualidade, que é apreciado aqui em casa. David não escolheu o caminho mais fácil: no primeiro livro, aborda questões de género; no segundo, a amizade entre uma criança e um sem-abrigo, num outro um velho com demência. Em vários, foca a relação especial que pode existir entre os mais novos e os mais velhos, com uma graça e uma ternura invulgares. Não são os temas mais habituais, no universo da literatura infantil. Temas que ele aborda, de forma, simultaneamente, desconcertante e divertida.
A dada altura, deixei de reconhecer um estúdio de rádio. Primeiro, a digitalização levou as cassetes e os leitores de cassetes; depois, os discos e os gira-discos; de seguida, os CD e os leitores de CD e, finalmente, o papel. Alguns estúdios são tão asséticos, que mais parecem laboratórios ou salas de operação. O estúdio, que me acompanhou nos últimos meses, tem as maquinetas necessárias, meia dúzia de discos, mas, sobretudo, tem papel impresso. O papel é muito útil. Ajuda os ouvidos de quem ouve (melhora a acústica) e aquece o coração de quem fala (o meu, está visto). Agora, chega a hora de me despedir deste estúdio e regressar a um estúdio mais convencional. Desses, a fugir para o moderno.