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A notícia: o governo quer que o Parlamento vote o plano de recuperação da TAP. O primeiro-ministro considerou, ontem, que a notícia foi dada por uma má fonte. A má fonte, perdão, o ministro Pedro Nuno Santos reafirmou a intenção. Ambos defendem que é preciso alcançar consensos. Falta-lhes, talvez, a capacidade conciliadora do ministro Cabrita.
100 anos de Clarisse. Literatura. Cor-de-rosa.
Olá amigos! Preciso da vossa ajuda, para comprar um carro novo. Tem de ser de luxo. Não é mania. É uma necessidade. Preciso, desesperadamente, de aumentar o distanciamento social. Obrigado.
Versalhes. Acho ridículo terem posto o nome de uma pastelaria a uma cidadezinha nos arredores de Paris. Enfim, só mesmo os franceses. Ah, já agora, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a recandidatura a Belém.
Era noite e estávamos em frente à televisão. Esperávamos a Dona Xepa. A Dona Xepa vendia no mercado, trabalhava noite e dia para, sozinha, criar e educar os filhos. Parecia a nossa vida. Preparávamo-nos, portanto, para nos vermos ao espelho, quando o Raúl Durão, com voz de BBC e cara de caso, interrompeu a emissão. A minha mãe barafustou. "Não há direito, interromperem assim a novela", mas rapidamente, mudou de tom. Engolimos em seco. Sá Carneiro tinha morrido e a notícia foi mais difícil de engolir do que as chicotadas na escrava Isaura.
Hoje, lembrei-me desta canção da Dora - que é fresca que nem uma alface e boa para afastar a depressão. Mas não chega. O tempo está mau: com geada no interior; neve nas terras altas; mar encrespado na orla costeira; chuva e vento fortes, em todo o país. Precisamos, todos, de ter um comportamento responsável e fazer a nossa parte: vestir um casaquinho.
Ljubomir Stanisic é um cozinheiro que enriqueceu a cozinhar, para ricos; e a fazer televisão, para pobres. Há uma semana, resolver estacionar à porta da Assembleia da República para fazer uma greve de fome e insultar os representantes da República, com a cobertura dos media, que adoram pessoas "fora da caixa". Hoje, depois de ter sido atendido pelo SNS (que, coitados, andam com pouco que fazer) resolveu comparar o primeiro-ministro português a Milošević. Algumas pessoas acharão graça à comparação com o ex-presidente sérvio, esquecendo, talvez, que este foi preso pelo Tribunal Penal Internacional, sob a acusação de crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Esta manhã, disse à imprensa que "há 17 anos, passámos 21 dias de fome e derrubámos o filho da p***". Não disse que está em Portugal, há 23 anos.
No pós-25 de Abril, afirmou José Jorge Letria, a urgência dos cantores em defender causas e tomar posições prejudicou a qualidade artística. Até José Afonso, disse, o maior deles todos, fez discos onde a qualidade de algumas canções foi sacrificada em nome dessa urgência.
Em 2020, Sérgio Godinho fez uma canção urgente, para responder à pandemia. Chamou-lhe o "O novo normal": uma expressão banalizada por estes dias. Se vai ficar como um clássico de Godinho só o tempo o dirá. Mas é uma grande canção (o coro é lindíssimo). E a urgência do que deve ser dito, agora, não tem, necessariamente, que lhe toldar o futuro. Vejo, até, futuro na expressão "O novo normal". Porque, somando quase 50 anos de canções, o mestre Godinho continua a ter a capacidade de transformar "uma frase batida" num hino poético. Como n' "O primeiro dia".