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Um facto, talvez, menos conhecido de Morricone. Apesar da ligação intensa ao mundo do cinema, a música de Ennio Morricone não se limitou a ele. Por exemplo, em 1987, Morricone trabalhou com um grupo de música pop: os Pet Shop Boys. A canção foi incluída no segundo disco da dupla e teve o arranjo de Angelo Badalamenti (o criador das paisagens sonoras de David Lynch). E, depois, esta canção deu nome ao filme "It couldn't happen here". É como se não fosse possível afastar Morricone do cinema.
Era uma vez Morricone, num texto com 4 anos.
Vi o seu nome e a sua fotografia no Sapo: “Ennio Morricone…”. Pensei de imediato: “Não me digam que ele…” e continuei a ler apressadamente “Ennio Morricone vai receber o seu Globo de Ouro em Roma”. “Ufa!”, suspirei de alívio. Morricone é velhinho: tem de 87 anos. Há gente que dura mais. Mas, muita gente dura menos.
Ennio Morricone compôs algumas das minhas bandas sonoras favoritas. A sua música foi parceira e protagonista dos filmes de Sergio Leone. Mas também de filmes como A missão, Cinema Paradiso ou Malèna. Algumas destas composições receberam a voz da nossa Dulce Pontes, num disco a meias que, mesmo sendo desigual, devia ter recebido outra atenção e estima em Portugal. Em 2009, Morricone trabalhou com Quentin Tarantino. O compositor achou que o realizador não respeitou a sua música e jurou para nunca mais. Felizmente, os dois voltaram a entender-se e o trabalho conjunto no filme "Os Oito Odiados”, que estreia esta semana em Portugal, foi premiado.
Diz-se que os génios nunca morrem. Mas, mesmo assim, gosto mais deles vivos. Por isso, não me morras Morricone!