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É estranho, mas só agora é que "realizei": quando ouço a expressão "fora da caixa", saio da minha "zona de conforto".
Já 100 anos e ainda tanto por descobrir.
O telefone tocou. Do outro lado, a pergunta: "Sabes quem é que é o Luís Filipe Costa?" "Que Luís Filipe Costa?", perguntei, "O jornalista, o homem do comunicados do MFA?". "Esse mesmo", respondeu o meu chefe de então, "Preciso que me faças um perfil alargado, sobre ele, para um programa de homenagem que vamos fazer este fim de semana". "Mas, porque eu?", continuei a perguntar. "Porque, até agora, foste o único que soube logo de quem é que estamos a falar". Foi por essa altura, que fiquei a saber que o jornalista não foi "só" a voz da revolução na rádio, ele já tinha revolucionado a própria rádio. Luís Filipe Costa morreu, hoje, tinha 84 anos.
Primeiro, um piano minimalista. Poderia ser Philip Glass. Mas, 5 segundos depois, chega a voz de Rufus. Aos 30 segundos, chega, também, um violino. A tensão vai subindo, com a entrada da bateria e um som electrónico que lembra Kraftwerk. Pouco depois, explode o refrão: com os metais a juntarem-se às cordas e a um coro de vozes femininas. E é, então, que nos lembramos que Rufus é um compositor apaixonado por musicais; e ópera; e música sinfónica. E cantou Judy Garland; e escreveu duas óperas; e musicou poemas de Shakespeare. Pouco depois do minuto 2, uma pausa dramática serve, sobretudo, para relançar a tensão. A voz de Rufus sobe de tom, depois arrisca o falsete, e as vozes femininas começam a fundir-se com a eletrónica e os sons orquestrais, lembrando os ABBA em fim de carreira. E eu quase que não consigo respirar, e tento retirar a máscara. E, depois, reparo que não tenho máscara. É mesmo da música: de cortar a respiração. Que grande canção, Rufus Wainwright, que grande regresso.
Decisões difíceis: o que comer com este calor? Uma sopa fria? Salada? Peixe grelhado? Fruta? Com temperaturas acima dos 30 graus, apetece algo frugal. Mas, até nisso devo ser comedido. Em dia de Conselho Europeu, é de evitar qualquer conotação com países como a Áustria, a Suécia, a Dinamarca ou mesmo a Holanda - que mudou de nome, mas não mudou de opinião.[Foto: Reuters]
Com este calor de ananases, apeteceu-me ouvir "40 graus à sombra", dos Radar Kadafi. A banda teve um sucesso efémero, nos idos de 80 - quando a pop portuguesa vestia-se com um gosto cosmopolita; num país que pouco saía de casa, mas que estava desejoso de o fazer. Nessa altura, a música era, também, uma forma de viajar. De resto, ainda é. Por curiosidade, o baterista não teve grande carreira na música, mas tem uma carreira respeitável na arquitetura: é Francisco Aires Mateus. Mais de 30 anos depois, "40 graus à sombra" está fresca que nem uma alface.
Caros amigos. Sei que, por causa da pandemia, muitos decidiram fazer férias em Portugal. Compreendo as vossas razões. Mas, deixem-me avisar-vos: já lá fui. E não é assim tão interessante.
Olá! Alguém me sabe dizer há quanto tempo é que ganhámos o Euro 2016? (Peço desculpa, é que eu sou de letras...)
[Foto: Gerardo Santos / Global Imagens]
Hoje é o último dia de Mário Centeno, à frente do Eurogrupo. Ainda não se sabe qual vai ser o seu futuro político. Se eu fosse Centeno (e parece que todos já foram Centeno, menos eu) acho que me candidatava a ministro das finanças, ou assim. Mas ele é que sabe. Aliás, cada um sabe de si...