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Os presidente dos Estados Unidos e do Brasil querem reabrir as igrejas. À força, se for preciso. São os dois países onde, atualmente, se morre mais, em consequência da Covid-19. É bom saber que em Portugal, pelo contrário, as igrejas vão reabrir com pinças.
Nesta novela, o personagem principal é expulso do castelo de um barão, depois de ter sido apanhado aos beijos com a filha deste. Nessa altura, o barão não sabia que iria ser morto, juntamente com o resto da família. Na verdade, não foi bem assim: porque alguns membros da família morreram mesmo; mas outros vem-se a descobrir que não. Um deles será, mesmo, morto pelo personagem principal depois de o ter reencontrado vivo. Foi, uma vez mais, uma morte que não foi definitiva, já que os dois voltam-se a encontrar quando o protagonista reencontra, também, a filha do senhor barão... também viva. A novela - que parece mexicana, mas não é - está cheia destes encontros e desencontros, em que os personagens passam de desgraçados a senhores de bem e vice-versa, em múltiplas aventuras comandadas pelo destino. A novela podia-se, mesmo, chamar-se "Ai destino" e passar na TVI. Mas chama-se "Cândido" e é uma obra-prima de Voltaire.
A partir do próximo mês, o distanciamento social deixa de se aplicar nos aviões. Está muita gente espantada. Não devia ser surpreendente. O céu e a terra têm regras diferentes, desde o início dos tempos.
Mário Frias é o novo secretário da Cultura do Brasil. O actor entrou na telenovela Malhação. Não conheço. Eu sei que Bolsonaro é um presidente todo moderno e progressista, mas não dava para convidar alguém de uma novela mais antiga? Um coronel da Gabriela ou coisa assim...
Covid-19. Quando ouço falar de cura, através de métodos naturais... ponho-me ao fresco.
Segunda fase de desconfinamento. Hoje, reabrem museus, cafés e restaurantes. Que angústia! Como decidir entre uma pintura moderna e um bom copo de tinto? Ó Picasso, não dá para juntar dois prazeres?
Mal começou a epidemia, as pessoas correram às livrarias para comprar "A peste", de Albert Camus, e o "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago. "Que escolha estranha!", pensei, "para ler sobre desgraças, basta abrir os jornais". De modo que pensei em algo mais leve. E peguei no livro "A Condição Humana", de André Malraux, cuja leitura estava adiada há muito. Para não perdermos muito tempo, vou já para o final da história. Um dos protagonistas morre, estilhaçado, vítima da bomba com a qual pretendia matar um líder político. Outro morre, queimado, depois de ser atirado para uma fogueira. E outro, ainda, suicida-se, recorrendo à ingestão de cianeto. Eu devia ter suspeitado que - ao contrário do que eu pensava - "A Condição Humana" não era um livro de auto-ajuda. Até porque o primeiro homicídio ocorre na terceira página. Mas, o que é que hei-de fazer? Pensei que a condição humana iria melhorar! Penso sempre, aliás. Só que, às vezes, engano-me.
A Autoeuropa é um centro de inovação nacional. É de lá que saem monovolumes espaçosos, suvs irreverentes e, agora, candidaturas presidenciais. Sob um teto alemão, Portugal reinventa-se.
[Foto: José Sena Goulão / Lusa]
Ah, cá estamos nós a discutir o Novo Banco! Que saudades da normalidade!