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Dois dias para debater o programa do governo não é demais. Afinal, este é o país onde se discutiu, semanas a fio, o programa da Cristina. Já agora, reparem que alguns dos protagonistas são comuns. [Foto: Tiago Petinga - Lusa]
Faltava o frente a frente, o cara a cara, o "Mano a mano". Finalmente, vi (e, sobretudo, ouvi) o Salvador Sobral ao vivo. Confirma-se, é um dos melhores artistas portugueses, de que tenho memória: cantor, músico, "entertainer", intérprete, criador, compositor. Tanto talento, num jovem que se estreou num concurso de marionetes e se tornou conhecido no Festival da Canção. Salvador tem música no coração e tem música à flor da pele. Respira música: expira-nos música e, com isso, inspira-nos vida.
E pronto, este pequeno país já tem um governo grande.
Uma campanha modesta: sem comícios, nem cartazes. Foi eleito presidente, com mais de 70% dos votos. Será do carisma? Será dos afetos? Ferro Rodrigues foi reeleito presidente da Assembleia da República.
A União Europeia e o Reino Unido chegaram a um acordo para o "brexit". Agora, só falta os britânicos estarem de acordo. Coisa fácil, como é sabido.
"Fiz a tropa em Tancos. Eles queriam arquitetos para reconstruir os quartéis que estava todos desfeitos. Fiz várias obras em estilo pós-moderno, que era uma coisa que eu odiava. Era uma espécie de vingança. Fiz guaritas com colunas e frontões, tudo o que me desse na cabeça. E pintei o campo de Tancos em amarelo canário e fui chamado a um general que me castigou". Souto de Moura, arquiteto com sentido de humor, prémio Pritzker 2011.
Estive a ver a composição do novo governo. Até vi duas vezes. É que, à primeira vista, parecia igual. À segunda, também.
Marcelo Rebelo de Sousa tem um problema, que pode condicionar uma recandidatura à Presidência. Escolheu um programa de entretenimento, de Daniel Oliveira, para fazer esta revelação. Se calhar, a escolha faz sentido. O Presidente da República tem um problema no coração.
"Ai Miguel, você é tão deprimente!", dizia-me a Maria João. Eu, apenas, pedira à minha explicadora de alemão algumas referências culturais germânicas. A Maria João já tinha encolhido os ombros ao Wim Wenders e torcido o nariz ao Mahler. À pergunta "E o Peter Handke?" veio a resposta "Ai Miguel, você é tão deprimente!", seguido do conselho "Porque é que não lê antes os americanos?". Tenho tentado, Maria João. Mas, já agora, era só para lhe dizer que o Peter Handke ganhou o Prémio Nobel: da Depressão, ou lá o que é.