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Leio e despeço-me do Diário de Notícias, em papel. Este Diário de Notícias vai acabar. Não sei, ainda, como é que vai ser o novo. Sei, apenas, que vai ser outra coisa. Esta manhã, Ferreira Fernandes esteve na Antena 1 a explicar que jornal é esse que vai nascer. Ele, que lia três jornais em papel todos os dias, sabe que há gente que ainda o faz. Não é, no entanto, gente que chegue para alimentar o jornal que dirige.
Eu leio jornais online para saber das últimas notícias, com rapidez. Mas não leio textos de 30 ou 40 mil caracteres: entrevistas, reportagens, opinião. Há quem leia, claro. Mas, acredito que serão poucos. E se é verdade que o mundo - cada vez mais rápido - não espera pelo dia de amanhã; também é verdade que o mundo - cada mais complexo - continua a não caber em meia dúzia de palavras.
Acho, por isso, que passar para o online não é construir um futuro mais rico, é adaptarmo-nos a um presente mais pobre. Não há jornais a mais, em Portugal. Há é leitores a menos. E, quanto a isso, só nos podemos queixar de nós próprios. E agora, com a vossa licença, vou ler o jornal em papel. Enquanto existe. Boa sorte para o DN.
Comissão de Inquérito às rendas da EDP. Novidade: o DN avança que o Bloco de Esquerda quer ouvir Vitorino. Não diz nada sobre ouvir Janita Salomé. É pena.
A Macedónia mudou de nome. E a salada russa, mantém-se?
“Portugal vive de costas para o mar”, dizia o orador. “Basta andar meia dúzia de quilómetros, para o interior, e vemos os portugueses agachados, a cavar a terra”. Aquilo estava-me a irritar. “Aliás, nem é preciso tanto. Os próprios pescadores têm que cavar umas batatinhas e umas couves no quintal, para compensar a falta de rendimento”. A sério, senhor orador? E o que me diz, por exemplo dos nosso valentes do bacalhau? “São excepções”, respondeu o antropólogo encartado. Teria razão?
Mais uma "Viagem ao fim da noite". Não é só o Céline que tem noites difíceis. Eu também tenho. Agora, só me falta ser um génio da literatura.
Sai do Sporting. Entra para o Al-Hilal. Vai ser divertido ver milhares de árabes a pedir a vitória de Jesus.
Gosto quando a televisão acaba a repetição do programa da bola e arranca com as televendas de equipamentos de ginástica. No fundo, continua a ser desporto. O que muda é o índice de massa corporal.
Stacey kent passou por Portugal. Quatro datas (Lisboa, Porto, Figueira da Foz e Aveiro), na companhia da Orquestra Filarmonia das Beiras. Cantou jazz, claro, muito jazz: com bossa nova, samba, pop, chanson, embrulhados em belíssimos arranjos orquestrais. Stacey conversou em português, sorriu muito e abandonou o Teatro Aveirense depois de pôr o público a trautear, em uníssono, "Jardin d'inver", de Henri Salvador. Lindo! Volta sempre, Stacey. Quanto mais Kent melhor...
Donald gosta de uma boa guerra. A nova guerra é com a velha Europa. Há quem o ache enferrujado. Mas, o Donald está "como o aço".