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[Nuno Fox / LUSA]
É o fim do mundo em cuecas? Talvez não. Mas alguém deixou estas trabalhadoras de tanga. Coisa feia.
Hoje, separei-me do meu velho Nokia. Chegou um novo telefone. Diz que é smart. Espero que não se arme em espertinho.
Santana venceu o primeiro debate. Diagnóstico dos comentadores: foi KO.
Rio ganhou as eleições. Diagnóstico não estava OK.
“Querem é tacho!” “Não ligam ao povo!” “Só pensam nos votos!” “Não dão nada a ninguém!” São os políticos: na versão ‘gajo de alfama’, ou na versão ‘homem do norte’. Todos iguais? Claro que não.
Salgado Zenha e Mário Soares. Eram da mesma barricada, da mesma luta, do mesmo partido. E muito diferentes. Zangaram-se por causa de Eanes, dividiram o PS, separaram-se. Zenha era parecido com Eanes. Gostava dele. Soares não. Nas presidenciais de 1986, os dois fundadores do PS concorreram, um contra o outro. Zenha tinha o apoio do, então, Presidente da República. Na biografia de Ramalho Eanes, de Isabel Tavares, a secretária de Eanes, que dirigiu a campanha de Zenha, conta uma história, hilariante.
“Tínhamos uns lenços verdes e vermelhos para trazer ao pescoço. Uma senhora chega perto de senha e pede-lhe o lenço. Ele responde: ‘Não dou, que este é meu.’ Eu vejo aquilo e faço menção de tirar o meu para lho dar. Diz ele: ‘Não, não dá que esse é seu. Olhe, minha senhora, já não há lenços, já não leva nenhum’ Ele era assim. Deve ter perdido muitos votos”. Pois deve. E para alguém, muito diferente, que pensava mais em votos e menos em lenços.
Os políticos não são todos iguais. Mas é verdade: há políticos que não dão nada a ninguém. Normalmente, perdem eleições.
Oprah poderá ser candidata à Casa Branca. Em 2020, a escolha será entre o talk show e o reality show. Vai-se votar com o comando.
O estrangeiro, dizia alguém, é o país onde todos gostariam de viver. "No estrangeiro", dizem uns, "paga-se menos impostos". Talvez, se esse país for os Estados Unidos. "No estrangeiro", dizem outros, "temos melhores hospitais". Talvez, na Suécia. "No estrangeiro", acrescentam outros ainda, "as mães podem ficar com as crianças, em casa, até aos três anos". É verdade, na Alemanha. É verdade, e pode ser bom. Para quem gosta. A ex-ministra Constança Urbano de Sousa, descobriu, por experiência própria, que na Alemanha não havia creches. E não gostou. Está na entrevista da Notícias Magazine, deste fim de semana.
Na Alemanha (esse país estrangeiro e avançado!), a maioria das mulheres casadas deixa de trabalhar quando engravida. Como em Portugal, nos anos 40. O reverso de estar em casa com filhos, nos primeiros 3 anos, é não ter creches, nem carreira profissional. Nos Estados Unidos, os impostos são baixos, mas a qualidade da saúde pública também. E se a Suécia tem saúde, na hora de pagar impostos os suecos têm todas as razões para ficarem doentes.
Essa é a vantagem do estrangeiro. Podemos escolher o estrangeiro que quisermos, de acordo com as conveniências de cada momento. Só há um problema: o estrangeiro não existe. Mas, é melhor.
Gostei do debate entre Rio e Santana. Mas, em termos de programação, fazia mais sentido na RTP Memória.
Tempo de balanços. E de balanças.