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Miguel Bastos: ... Vamos agora falar do seu irmão, enquanto "o Zé Pedro dos Xutos". Não é o cantor, não é o compositor, não é o guitarrista principal. E, no entanto, é, talvez, a figura mais emblemática da banda. Porque é que acha que isso acontece? Ou, se preferir, o que é que o Zé Pedro tem de especial?
Helena Reis: Eu acho que ele foi sempre o que acreditou mais. Ele queria ter uma banda e queria que ela fosse relevante. Quando os outros lhe lembravam que ainda nem sabiam tocar como devia ser, ele respondia: "temos que ensaiar mais! Nós vamos conseguir e tal..." Ele acreditava sempre. E tinha muita energia, para incentivar toda a gente.
Miguel Bastos: No palco ou fora dele?
Helena Reis: Em todo o lado. Ele sempre teve muita facilidade em comunicar com os fãs, no palco, depois dos concertos... E com as pessoas do meio: jornalistas, agentes, editores, músicos de outras bandas. Ele sempre foi muito comunicativo. Tem muita energia e adora aquilo que faz. E acho que as pessoas reconhecem esse entusiasmo, essa energia.
E é isto. Há pessoas que ficam conhecidas por aquilo que fazem. Outras, por aquilo que são.