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É um dos maiores sucessos dos Queen. “Radio Ga Ga” fala da rádio: da forma como foi perdendo influência para a televisão, e, mais tarde, para a MTV - a televisão dos telediscos, que colocou a música num lugar secundário. Os Buggles já tinham avisado: “Video killed the Radio Star”. Mas foi manifesto exagero. Não morreu ninguém. A televisão dos vídeos é que anda a passar mal. Coitada!
Mas, Radio Ga Ga, é também uma critica à rádio. Porque foi perdendo a vontade de arriscar, de inovar. Foi perdendo diversidade e ousadia. Foi-se formatando até se tornar uma caricatura, de qualidade duvidosa. A rádio é, como diz a canção, “Ga Ga”, “Gu Gu”, “Blah Blah": para criaturas que ainda não dominam a oralidade. Curiosamente, a rádio adorou o tema. E “Radio Ga Ga” passa, abundantemente, no tipo de rádio que a canção critica.
“Radio Ga Ga” com o seu vídeo com imagens do filme “Metropolis”, de Fritz Lang; com referencias à Guerra dos Mundos de H.G Wells, levada para a rádio por Orson Welles; com um refrão orelhudo; com 72 mil pessoas a cantar e a bater palmas, em uníssono, no Live Aid; tornou-se um dos maiores sucessos dos Queen. Apetece ouvi-la, no Dia da Rádio.