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A discussão da Europa está em cima da mesa. Com a Europa a ser empurrada para a porta dos fundos. Catarina Martins também quis dar um empurrão. A altura não podia ser pior. Sejamos claros: a Europa pode e deve ser criticada. Mesmo quando se confunde Europa com União Europeia; com o Euro; com as instituições europeias. Pode (e deve-se) criticar a política orçamental; o peso da Alemanha; a falta de solidariedade dos países mais ricos, com os países mais pobres; sobre tudo o que entendermos. Mas, a verdade é que a Europa tem das costas largas. Mesmo que, às vezes, se diga “esta Europa” ao generalizamos, estamo-nos a atirar, todos, para fora da Europa.
Na ressaca do Brexit e da convenção do Bloco de Esquerda, os media abriram os seus fóruns à discussão da Europa. E aqui se confundem simpatizantes da extrema esquerda utópica, da extrema direita agressiva, salazaristas saudosos, anarquistas enfurecidos, socialistas zangados, social democratas desapontados, etc. Todos convergem para a crítica da Europa, mas por razões diversas e, muitas vezes, inversas.
Vale a pena lembrar que Marine Le Pen foi uma das que mais festejou a vitória do Brexit. E pediu, de imediato, um referendo, em França, sobre a Europa. E que será, sempre, um entusiasta de um próximo referendo. Não por ser um instrumento da democracia, mas porque é uma ótima arma de arremesso, contra a democracia. Catarina não se devia esquecer disso…