Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Dizem que Churchill foi um dos pioneiros da ideia de uma Europa unida. Era bom para a paz, para a economia, para a solidariedade. O projeto teria o apoio do Reino Unido, que, percebeu-se depois, não se incluía na Europa. Inclui-se, apenas, por exclusão de partes. Porque não é América, nem África, nem Ásia, nem Oceania. O Reino Unido sempre esteve com um pé dentro e outro fora da Europa. Por vezes, parece que faz bem. Quando, por exemplo, resiste à burocracia europeia que quer definir o tamanho das maçãs. Mas, outras vezes, é irritante. Quando faz valer o seu peso para negociar excepções, que não são permitidas a mais nenhum Estado.
Agora, a propósito da crise económica, da pressão migratória e do crescimento da direita radical, Cameron resolveu referendar a permanência do Reino Unido na europa. Vai-se votar “In ou “Out”. A coisa anda ao sabor da agenda mediática. Aparecem mais uns refugiados, cresce o “Out”. Fazem-as as contas ao impacto económico, sobe o “In”. Farage discursa de forma apaixonada e povo quer estar “Out”. Um louco mata uma deputada trabalhista, estamos “In”.
Independentemente do resultado ser “In” ou “Out”, já há um resultado que é certo. O Reino Unido está em tendência “down”, ou seja para baixo. E, com eles, descemos todos.