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José Miguel Júdice diz, hoje, no i, que "Marcelo teve de controlar a boa disposição". E acrescenta: “Os portugueses gostam pouco disso”. Pois é, somos o país do “muito riso, pouco siso”. Até porque, como dizia o meu pai, “não se brinca com coisas sérias”. Eu, que sempre gostei de brincar com coisas sérias, tentava argumentar que era divertido. Mas, o meu pai não achava graça nenhuma.
Os adversários implicam com o riso de Marcelo. Ri muito, porque não é um homem sério; porque diz uma coisa e o seu contrário; porque sempre foi de intrigas e partidas. Tudo para se rir. E Marcelo faz um esforço para se rir menos. Nota-se. Claro que, a chegar perto dos 70 anos, Marcelo já não pode ser o jovem traquinas dos tempos do Expresso ou da candidatura a Lisboa. Mas, é evidente que “ teve de controlar a boa disposição”.
Portugal ainda tem um Presidente que não ri. Os portugueses, como “gostam pouco disso”, votaram nele. Mas, afinal, não gostaram assim tanto. Por isso, acho que o riso de Marcelo não é nem defeito, nem feitio. É uma alegria.