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Hoje, estive a ver o “The Tonight Show”, com Jimmy Fallon. O seu primeiro convidado foi o actor Daniel Radcliffe. Depois, veio Chris Packham, autor de programas sobre animais, na BBC. E, finalmente, a convidada musical foi Ellie Goulding. “Que engraçado”, pensei, “três britânicos seguidos num programa de televisão americano.” Estava eu a pensar nisso, quando Jimmy Fallon disse, com graça, que o Jonathan Ross devia estar cheio de inveja. Jonathan Ross também é um humorista com um talk show.
Desliguei a televisão e pus-me a pensar porque é que não temos exemplos destes em Portugal. A propaganda fala-nos de uma das línguas mais faladas do mundo, com cerca de 280 milhões de falantes. Mas, depois, não falamos muito uns com os outros. É claro que há um problema de assimetria: destes 280 milhões, 200 são brasileiros. E, diz-se, eles não percebem os portugueses. Mas, basta ouvir a conversa entre Jimmy Fallon e Daniel Radcliffe, para concluir que o inglês deles é muito diferente. E que isso não impede que se entendam.
A circulação de artistas e dos seus produtos é fundamental para o crescimento da língua e da cultura de expressão portuguesa. É uma pena que esta evidência não seja evidente para todos.