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O governo vai cair hoje. E vai cair quatro vezes, que é para não haver dúvidas. Cai de quatro. Ontem, começou a discussão do programa do governo. O governo acaba hoje. Antes, mesmo, de começar. O debate foi pobre, com a repetição de argumentos, de parte a parte. A coligação afirma que ganhou as eleições. A esquerda que tem na maioria no parlamento. É pouco. É curto.
No Parlamento, os líderes das bancadas do PSD e do CDS foram aguerridos e contundentes. No PS, Carlos César ensaiou um discurso de Estado. O Público sintetizou: “Direita travestida de oposição, esquerda em pose de Governo”.
À noite, na TVI, Adolfo Mesquita Nunes, do CDS, colocou bem o assunto. A coligação ganhou as eleições e é verdade é que não tem a maioria. Se ela existir, à esquerda, ela terá legitimidade para formar governo. O problema é que tudo indica que nem o Bloco, nem o PCP, nem o PEV vão ter representação no governo. E aí coloca-se a questão da maioria. Não há maioria. Há um partido, que perdeu as eleições e que vai governar, apenas porque conta ter o apoio dos partidos à sua esquerda.
Se este governo cai de quatro, o próximo nasce feito num oito.