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“Os últimos são os primeiros” é uma frase que me lembra a infância. Quando um meninos perdiam uma corrida ou um jogo de futebol, havia sempre uma mãe, ou um filho da mamã, que dizia “os últimos são os primeiros”. Só diziam depois de perderem, o que me deixava irritado.
Nunca pensei que a nossa esquerda recorresse à frase “os últimos são os primeiros”. Mas anda, há uma semana, a ver se cola. Tenho achado que é bluff. Mas, à medida que os dias passam e o PS se agita, perco as certezas.
Caso não se tenham apercebido, a coligação de direita ganhou as eleições. Perdeu votos, mas ganhou as eleições. Parte dos votos estão no PS e não são de esquerda. Portanto, a “maioria de esquerda" é uma ficção como outra qualquer.
Nunca gostei do conceito de “arco da governação”, que sempre excluiu o PCP e agora o Bloco. Não me choca nada que o PS possa governar, com a ajuda de outros partidos de esquerda. Mas, para isso, convém ganhar. Ganhar mesmo. Fazer bluff tem riscos, mas é legítimo. Fazer batota, não. Os últimos não são os primeiros e ninguém gosta de filhos da mamã.